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Banco de Inglaterra mantém taxas de juro inalteradas

Os supervisores do banco central britânico decidiram, com oito votos contra apenas um, manter a taxa de juro nos 0,5% este mês e concluíram que ainda é cedo para determinar se a vulnerabilidade do mercado chinês terá um impacto significativo no Reino Unido.

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Negócios 10 de Setembro de 2015 às 14:07
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Ian McCafferty, um dos nove membros do comité de política monetária do Banco de Inglaterra, foi a único a votar a favor de um aumento da taxa de juro para 0,75%, mas a maioria dos visados optou pelo contrário, mostrando não ter pressa em aumentar a taxa de juro. Assim sendo, a taxa mantém-se nos 0,5%, um recorde mínimo.

A expectativa do banco central inglês é de que o país mantenha um crescimento saudável. Alguns dos membros deste comité consideraram que existe um risco de a inflação subir a um ritmo mais acelerado do que o previsto, embora o aumento da produtividade consiga compensar o efeito do aumento dos salários.

"Ainda que o risco externo tenha aumentado, seria prematuro tirar conclusões fortes dos eventos do último mês para inferir o caminho provável da actividade no Reino Unido", consideraram ainda as autoridades britânicas, citadas pela Reuters.

A decisão do Banco de Inglaterra surge depois de um mês conturbado nos mercados internacionais devido à instabilidade do mercado chinês e alguns sinais de debilidade na robusta recuperação económica britânica registada até agora.

Há ainda um elevado grau de incerteza em volta da subida das taxas de juro pela Reserva Federal Americana (Fed), o que poderá ter impacto no desempenho dos mercados financeiros.

Números divulgados esta quarta-feira mostraram uma inesperada queda na produção industrial britânica, penalizada pela queda de procura externa, e relatórios sobre o sector industrial apontam para um abrandamento do crescimento no terceiro trimestre em cerca de 0,5%.

O banco central reduziu as suas estimativas de crescimento para o terceiro trimestre de 0,7% para 0,6%. Isto ainda está em linha com a taxa de crescimento média britânica, e os membros do comité de política monetária do banco central britânico divergem no que toca à inflação, sendo que alguns consideram que esta pode superar o limite dos 2% a médio prazo, sugerindo que isso pode seria o suficiente para os persuadir a aumentar as taxas de juro.

A inflação está actualmente ligeiramente acima de zero - e ainda longe do limite dos 2% - e o Banco de Inglaterra acredita que é provável que se mantenha perto de zero nos próximos meses, com a volatilidade de preços a adicionar incerteza às projecções.

Economistas consultados pela Reuters prevêem que o Banco de Inglaterra aumente as taxas de juro no primeiro trimestre de 2016.

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