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Banco de Inglaterra mantém juros devido à persistente baixa inflação

Nas minutas de Outubro, o banco central inglês diz que há margem para manter inalterada a taxa de juro em 0,5% devido à baixa inflação. Apenas um dos nove membros do Comité de Política Monetária votou a favor da subida dos juros.

08 de Outubro de 2015 às 13:32
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O Banco de Inglaterra (BoE, na sigla inglesa) decidiu manter inalterada a taxa de juro directora em 0,5% por considerar haver margem para manter os juros em mínimos históricos devido aos persistentes níveis reduzidos de inflação.

 

Nas minutas relativas à reunião de Outubro da autoridade monetária inglesa, pode ainda ler-se que o banco central inglês acredita que a economia britânica está a mostrar robustez perante a pressão internacional provocada pelos crescentes sinais de abrandamento da economia global. A autoridade monetária antecipa que o produto interno bruto (PIB) do Reino Unido cresça cerca de 0,6% no terceiro trimestre deste ano.  

 

Nestas minutas citadas pela agência Bloomberg, o Comité de Política Monetária do BoE refere ter contraposto os riscos decorrentes do abrandamento da economia mundial, nomeadamente dos países emergentes, com a resiliência demonstrada pelo mercado interno britânico, que vem apresentando um aumento do consumo interno.

 

"Apesar de permanecer o risco de que as perspectivas relativas aos mercados emergentes possa ainda deteriorar-se, têm surgido alguns sinais de um efeito importante decorrente da confiança dos empresários e dos consumidores nas economias avançadas", referem as minutas.

 

Por outro lado, confirma-se também que voltou a haver apenas um membro do Comité de Política Monetária da autoridade monetária a defender uma subida dos juros. Ian McCafferty voltou a apoiar uma subida de 0,25 pontos percentuais, tendo sido derrotado pelo voto dos restantes oito membros que votaram a favor da manutenção da taxa directora em 0,5%.

 

Esta decisão tem essencialmente que ver com aquilo que o BoE considera ser uma taxa de inflação ainda muito baixa. O banco central estima que a inflação permaneça abaixo de 1% pelo menos até à Primavera de 2016. E acredita que a recente valorização registada pela libra nos mercados cambiais pressione o crescimento dos preços no consumidor. Por outro lado, a instituição liderada por Mark Carney considera que os custos unitários do trabalho continuam ainda em níveis demasiado baixos, o que dificulta a subida da inflação para a meta de 2%.

Esta convicção, agora apresentada pelo Banco de Inglaterra, poderá colocar em causa a possibilidade de a autoridade monetária começar a subir os custos do dinheiro já no início de 2016, tal como admitido pelo prórpio Mark Carney em Setembro último

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