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Banco de Inglaterra admite subir os juros no início de 2016

O governador do banco central britânico, Mark Carney, defende que, se a economia continuar a crescer e a inflação acelerar, poderá ser necessário começar a retirar os estímulos no início do próximo ano.

Mark Carney, governador do Banco de Inglaterra (BOE)
16 de Setembro de 2015 às 19:32
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O governador do Banco de Inglaterra, Mark Carney, admitiu esta quarta-feira, 16 de Setembro, que a autoridade monetária poderá começar a subir os juros no início de 2016, se a economia continuar a crescer e a inflação subir.

 

Num discurso dirigido aos deputados, em Londres, o governador referiu que o debate do Comité de Política Monetária sobre a subida dos juros deverá clarificar-se no final deste ano. Se os custos laborais e o crescimento dos salários continuar a aumentar e a inflação acelerar, "então a decisão torna-se mais nítida e pode ser apropriado começar a retirar os estímulos, nesse ponto", concretizou Carney.

 

O governador do Banco de Inglaterra salientou, contudo, que o Comité de Política Monetária não está a assumir um "pré-compromisso" em relação aos juros, e que a sua decisão vai sempre depender da evolução da economia. A evolução da taxa directora "não será mecânica, linear ou pré-determinada", garantiu Mark Carney num relatório escrito.

 

Dados divulgados esta quarta-feira mostram que os salários registaram a maior subida dos últimos seis anos no segundo trimestre, e que a taxa de desemprego caiu para 5,5%, o nível mais baixo desde 2008. Contudo, a inflação caiu para zero, muito abaixo da meta de 2% do banco central.

 

Este mês, os supervisores do banco central britânico decidiram, com oito votos contra apenas um, manter a taxa de juro nos 0,5%. Ian McCafferty foi o único membro do comité a votar a favor de um aumento da taxa de juro para 0,75%.

 

A maioria dos economistas consultados pela Bloomberg acredita que o Banco de Inglaterra vai aumentar os juros no início do próximo ano, considerando que nem a perspectiva de enfraquecimento da economia chinesa é suficiente para travar essa decisão. 

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