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Banco de Inglaterra mantém juros e estímulos inalterados

A autoridade monetária do Reino Unido decidiu manter os juros no mínimo histórico de 0,25%, e os tectos para as compras mensais de dívida pública e das empresas.

Bloomberg
03 de Novembro de 2016 às 12:14
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O Banco de Inglaterra decidiu esta quinta-feira, 3 de Novembro, manter os juros inalterados no mínimo histórico de 0,25%, tal como era esperado pela maioria dos economistas.

O programa de compra de dívida pública também não sofreu qualquer alteração, mantendo o tecto de 435 mil milhões de libras. As compras de dívida das empresas mantêm-se nos 10 mil milhões de libras. Ambas as decisões foram unânimes no comité de política monetária, com uma votação de 9-0. 

O Banco de Inglaterra sinalizou que não espera mais nenhum corte nos juros este ano, podendo mesmo justificar-se o contrário, em algum momento, devido à aceleração da inflação.

A autoridade monetária liderada por Mark Carney prevê agora que a inflação deverá subir de 1,3% este ano para 2,7% em 2017 e 2018, valores acima do estimado nas previsões divulgadas em Agosto. Em 2019, o crescimento dos preços deverá abrandar para 2,5% e regressar à meta do banco central de 2% em 2020. 

Além das estimativas para a inflação, o banco central do Reino Unido também reviu as previsões de crescimento para a economia britânica, que são agora mais optimistas. O Banco de Inglaterra antecipa que o PIB vai subir 2,2% este ano e 1,4% em 2017, o que compara com as anteriores estimativas de 2% e 0,8%, respectivamente.

Só para 2018 as previsões são mais negativas: a economia do Reino Unido deverá crescer 1,5%, abaixo dos 1,8% avançados em Agosto. 

A decisão do Banco de Inglaterra é conhecida duas horas depois de o Tribunal Superior britânico ter anunciado a sua decisão de condicionar a formalização da saída do Reino Unido da União Europeia à aprovação do Parlamento de Londres. Um veredicto que deverá atrasar todo o processo do Brexit e que vai de encontro às pretensões do Governo liderado por Theresa May que tem defendido a necessidade de respeitar o resultado do referendo. 


(Notícia actualizada às 12:44; notícia corrigida às 18:08 com alteração da designação Supremo Tribunal para Tribunal Superior)
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