Notícia
Banco de França vai testar euro digital no próximo ano
A ideia já era estudada hoje no BCE e foi avançada hoje pelo governador do Banco central francês, Villeroy de Galhau. Para já, a moeda digital servirá apenas para trocas entre instituições financeiras.
O governador do banco central de França, François Villeroy de Galhau, disse que a instituição vai começar a testar uma moeda digital já no primeiro trimestre do próximo ano, com recurso à tecnologia de segurança do "blockchain", num evento da ACPR, o regulador de bancos e seguros francês.
Num discurso dedicado à inovação digital, Villeroy de Galhau disse que quer que França ganhe a dianteira a outros países que equacionam lançar uma moeda digital, como a China ou a Suécia, e seja o primeiro a pô-la "em circulação".
"Pretendemos começar a experimentar rapidamente a moeda digital e vamos abrir uma candidatura de projetos (para participantes do setor privado) até o final do primeiro trimestre de 2020", explicou o líder do banco central francês, acrescentando que esta versão digital do euro será inicialmente usado entre bancos e não pelos cidadãos comuns.
Caso resulte e se decida também aplicar a moeda ao retalho, numa fase posterior, seria preciso uma "vigilância especial", adiantou.
A digitalização do dinheiro tem sido uma tendência verificada em todo o mundo, desde a e-krona da Suécia, até à versão digital do renminbi chinês e essa crescente digitalização dos pagamentos "tem sido fomentada pelos 'players' fora do setor bancário".
E "essa transferência de poderes" representa "um desafio para o modelo económico dos bancos, mas também pode ser uma ameaça à soberania europeia na medida em que as tecnologias subjacentes são, em grande parte, de propriedade não europeia", disse o governador do banco.
Para Villeroy existem algumas vantagens na execução de um euro digital, como por exemplo, a garantia de que o controlo destas moedas está na mão dos bancos centrais, o que contrasta, por exemplo, com o projeto da libra do Facebook.
Em setembro deste ano, a propósito da libra de Mark Zuckerberg, o ministro da economia francês Bruno Le Maire disse que iria bloquear a entrada da moeda na Europa, uma vez que seria uma ameaça para "a soberania monetária" dos governos.
No mês passado, a Reuters já tinha avançado que o desenvolvimento de uma moeda digital apoiada pelo Banco Central Europeu poderia ser feito nos próximos meses, citando membros do BCE, que alertaram, no entanto, para os desafios que a moeda digital pode trazer a longo prazo.
Num discurso dedicado à inovação digital, Villeroy de Galhau disse que quer que França ganhe a dianteira a outros países que equacionam lançar uma moeda digital, como a China ou a Suécia, e seja o primeiro a pô-la "em circulação".
« S’il est nécessaire de procéder à des ajustements réglementaires pour soutenir les assureurs dans l’environnement des taux bas, nous sommes prêts à le faire », François Villeroy de Galhau introduit l’après-midi de débats à la conférence de l’#ACPR cc @ACPR_actu pic.twitter.com/EmwMOPriwe
— Banque de France (@banquedefrance) December 4, 2019
"Pretendemos começar a experimentar rapidamente a moeda digital e vamos abrir uma candidatura de projetos (para participantes do setor privado) até o final do primeiro trimestre de 2020", explicou o líder do banco central francês, acrescentando que esta versão digital do euro será inicialmente usado entre bancos e não pelos cidadãos comuns.
Caso resulte e se decida também aplicar a moeda ao retalho, numa fase posterior, seria preciso uma "vigilância especial", adiantou.
A digitalização do dinheiro tem sido uma tendência verificada em todo o mundo, desde a e-krona da Suécia, até à versão digital do renminbi chinês e essa crescente digitalização dos pagamentos "tem sido fomentada pelos 'players' fora do setor bancário".
E "essa transferência de poderes" representa "um desafio para o modelo económico dos bancos, mas também pode ser uma ameaça à soberania europeia na medida em que as tecnologias subjacentes são, em grande parte, de propriedade não europeia", disse o governador do banco.
Para Villeroy existem algumas vantagens na execução de um euro digital, como por exemplo, a garantia de que o controlo destas moedas está na mão dos bancos centrais, o que contrasta, por exemplo, com o projeto da libra do Facebook.
Em setembro deste ano, a propósito da libra de Mark Zuckerberg, o ministro da economia francês Bruno Le Maire disse que iria bloquear a entrada da moeda na Europa, uma vez que seria uma ameaça para "a soberania monetária" dos governos.
No mês passado, a Reuters já tinha avançado que o desenvolvimento de uma moeda digital apoiada pelo Banco Central Europeu poderia ser feito nos próximos meses, citando membros do BCE, que alertaram, no entanto, para os desafios que a moeda digital pode trazer a longo prazo.