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Venezuela acusa “o exterior” de incentivo às manifestações que assolam o país

No dia seguinte à detenção de três generais por suposta conspiração contra o Governo de Maduro, os serviços diplomáticos alertam a comunidade internacional para aquilo que classificam de acções “antidemocráticas apoiadas desde o exterior”.

Jorge Silva/Reuters
26 de Março de 2014 às 13:19
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Os protestos contra o Governo presidido por Nicolás Maduro, que há mais de um mês tomam conta das principais cidades da Venezuela e que já levaram a várias detenções e a mais de meia centena de mortes, originou, na última noite, a detenção de três generais da força aérea que, de acordo com o sucessor de Hugo Chávez, conspiravam com o intuito de deitar abaixo “um Governo legitimamente constituído”.

 

O Presidente venezuelano insiste na tese de que o exterior é responsável pelas dezenas de protestos que minam a coesão interna de um país com uma situação económica cada vez mais débil.

 

Maduro já acusou a cadeia “CNN” de estar a “fazer propaganda de guerra”. Esta quarta-feira, 26 de Março foi emitida um comunicado pela Embaixada da República Bolivariana de Venezuela em Portugal “clarificadora” da situação que se vive no país.

 

Nesta nota, distribuída pela comunicação social, acusam-se os vários grupos de media internacionais de fornecerem cobertura aos “grupos reaccionários da extrema direita” ao mesmo tempo que “ocultam o escasso apoio social” a estes movimentos. 

 

Para o regime venezuelano as rixas e confrontos das últimas semanas constituem uma tentativa de “Golpe de Estado auspiciado desde o exterior”, cujas “acções violentas” pretendem destruir o legado bolivariano iniciado por Hugo Chávez.

 

Em simultâneo aos distúrbios e à contestação, o regime de Maduro tem tentado combater os seus opositores políticos e institucionais. Além da detenção de vários autarcas e militares, esta quarta-feira o “Folha de S.Paulo” escreve que ontem a deputada da oposição, María Corina Machado, viu o seu mandato ser destituído.

 

Na semana passada Corina Machado tentou apresentar, na Organização dos Estados Americanos, um conjunto de denúncias relativas aos confrontos que se sucedem na Venezuela. A agora ex-deputada, que é um dos principais rostos da oposição a Maduro, reagiu à sua destituição comparando o regime do Presidente da Venezuela a “uma ditadura”.

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