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UE estabelece acordo de livre comércio com a Ucrânia

A concretização de um acordo de associação com a União Europeia assinala um novo marco na história recente da Ucrânia. Moldávia e Geórgia também farão parte da zona de livre comércio entre Bruxelas e Kiev. A Rússia já respondeu.

Reuters
27 de Junho de 2014 às 13:23
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É mais um passo dado pela Ucrânia na direcção da União Europeia (UE). Esta sexta-feira, 27 de Junho, foi assinado um acordo de associação entre Kiev e Bruxelas que prevê a supressão de barreiras aduaneiras entre a Ucrânia e o bloco europeu e ainda ajudas financeiras atribuídas pela UE em troca da implementação de mais reformas estruturais.

 

"Este é um dia histórico para o meu país, o mais importante desde a independência [1991]", declarou Petro Poroshenko, Presidente da Ucrânia, à chegada a Bruxelas. Já o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, manteve a toada ao considerar que este "é um grande dia para a Europa".  

 

À zona de livre comércio que será criada junta-se ainda a Geórgia e a Moldávia, dois antigos satélites da União Soviética. A Rússia já respondeu e ameaça com as "graves consequências" que advêm deste acordo.

 

Os três países do leste europeu já vieram reconhecer, segundo escreve a Reuters, que o objectivo, em última instância, passará pela adesão enquanto membros de pleno direito à UE.

 

Este era um percurso que se antevia, especialmente tendo em conta que o recém eleito Presidente Poroshenko, sempre foi favorável a uma crescente aproximação à Europa. Este acordo terá de ser visto sob várias dimensões. Para além da eminentemente económica, destaca-se a política, uma vez tratar-se de um volte face para Moscovo na medida em que poderá significar a saída da sua órbita de influência do maior e mais rico antigo satélite soviético.

 

O acordo de associação agora firmado contém precisamente os mesmos moldes que foram rejeitados por Viktor Yanukovich, ex-Presidente ucraniano, em Novembro do ano passado. Até porque será importante recordar que foi depois de o Presidente deposto Yanukovich ter interrompido o processo de aproximação à UE, no final de 2013, em troca de ajudas económicas de Moscovo, que começaram as primeiras manifestações populares na Praça da Independência em Kiev.

 

O Presidente cairia, a Crimeia seria anexada pela Rússia e o leste da Ucrânia acabou por iniciar processos secessionistas que ainda agora afectam a integridade territoral e coesão do país. O resto ainda é história por escrever.

 

Não se sabendo por onde poderão passar as "graves consequências", o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, citado pela agência RIA, fez saber que "tudo o que puder ser feito para proteger a nossa economia será feito", garantiu. 

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