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Trump aceitou convite de Macron para assistir à cerimónia do Dia da Bastilha

A CNN noticia que o presidente americano aceitou o convicto do seu congénere francês para visitar Paris em Julho e assistir às cerimónias do Dia da Bastilha, o feriado nacional gaulês. Conflito sírio e terrorismo aproximam Trump e Macron.

Reuters
28 de Junho de 2017 às 17:39
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Donald Trump virá, em Julho, à Europa pela segunda vez desde que tomou posse como presidente dos Estados Unidos em Janeiro último. O presidente norte-americano aceitou o convite endereçado pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, durante uma conversa telefónica mantida esta terça-feira sobre a ameaça de um novo ataque com armamento químico na Síria.

 

A CNN avança esta quarta-feira, 28 de Junho, citando fontes da Casa Branca, que Donald Trump irá mesmo a Paris no dia 14 de Julho, jornada em que é festejado o feriado nacional francês.

 

Aquele canal de notícias acrescenta que também o Eliseu já disse que Trump irá assistir às cerimónias oficiais do Dia da Bastilha, data fundamental da Revolução Francesa de 1789.

 

Em comunicado, a presidência francesa explica que haverá soldados americanos a participar nas cerimónias, uma vez que em 2017 se assinalam também 100 anos desde a entrada dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial.

 

"Para assinalar a ocasião, soldados americanos vão participar na parada [militar] junto dos seus irmãos de armas franceses", lê-se no comunicado do Eliseu a que a CNN faz referência.

 

Já a Casa Branca frisa que esta visita servirá também para reafirmar os laços que ligam os dois países.

 

"O presidente Trump aguarda com expectativa a oportunidade para reafirmar os fortes laços de amizade da América com a França, para celebrar este importante dia para o povo francês e para comemorar o 100.º aniversário da entrada da América na Primeira Guerra Mundial", escreve a Casa Branca em comunicado.

 

A nota da Casa Branca faz ainda referência ao objectivo partilhado entre Paris e Washington de construir uma forte cooperação na luta contra o terrorismo e uma parceria económica". O gabinete da primeira-dama americana já confirmou que Melania Trump vai acompanhar o presidente na visita oficial à França.

 

Na segunda-feira passada, a administração americana revelou publicamente suspeições relativamente a um eventual novo ataque com recurso a armamento químico por parte das forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad. Tendo desde logo avisado que, se tal acontecer, os Estados Unidos irão responder em força.

 

Um aviso a que rapidamente se juntou Emmanuel Macron, com o presidente francês a afiançar que Paris e Washington providenciariam uma "resposta conjunta" se as forças de Assad voltarem a recorrer a armamento químico. Macron reiterou assim um aviso já feito em Maio.

 

Depois de na cimeira da NATO, realizada em Bruxelas no final de Maio, aquando do primeiro périplo internacional de Donald Trump, Macron e o presidente americano pareciam estar longe de nutrir grande simpatia mútua, tendo ficado célebre o demorado aperto de mão entre os dois presidentes (visível na foto), com o líder gaulês a aproveitar esse momento para marcar posição.

 

Antes, ainda durante a campanha eleitoral, Macron fez um vídeo em que convidava todos os cientistas americanos que trabalham na área das alterações climáticas e energias verdes a irem para França, lembrando que "o vosso novo presidente é extremamente céptico em relação às alterações climáticas". Ideologicamente também não poderiam estar mais distantes: Macron defende o multilateralismo e opõe-se ao nacionalismo, precisamente o oposto de Trump. 

 

Porém, desde então Emmanuel Macron tem evidenciado uma aproximação às posições de Trump, designadamente em matérias securitárias e na luta contra o terrorismo.

Há menos de três meses os EUA acusaram Assad de ter voltado a ordenar bombardeamentos com gás sarin, desta vez no norte da Síria, numa localidade (Khan Sheikhun, província de Idlib) controlada pelas forças de oposição ao presidente sírio.

 

De forma inesperada, os EUA responderam dois dias depois às acções de Assad com o disparo de 59 mísseis contra a base aérea síria onde estavam estacionados os aviões responsáveis pelo ataque. Os Estados Unidos responsabilizaram o regime e retaliaram, dois dias depois, com o disparo de 59 mísseis "Tomahawk" contra a base aérea síria donde terão partido os aviões que lançaram armas químicas sobre Khan Sheikhun, na província de Idlib, uma região controlada maioritariamente pelos rebeldes e facções islâmicas, no noroeste da Síria.

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