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Senado chega a acordo que aumenta despesa do orçamento federal em 400 mil milhões

Os líderes do Senado norte-americano alcançaram um acordo sobre o orçamento federal dos Estados Unidos para os próximos dois anos, evitando a possibilidade de "shutdown" dos serviços não essenciais que poderia acontecer na quinta-feira.

Reuters
07 de Fevereiro de 2018 às 19:20
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Desta feita os Estados Unidos não deverão ver suspensos os serviços não essenciais garantidos pelo governo federal como aconteceu no mês passado durante três dias. A imprensa norte-americana avança esta quarta-feira, 7 de Fevereiro, que os líderes no Senado do Congresso norte-americano chegaram a acordo para reforçar em cerca de 400 mil milhões de dólares o orçamento federal nos próximos dois anos.

 

Com o levantamento dos limites orçamentais e consequente aumento da despesa federal, o orçamento norte-americano poderá corresponder à intenção do presidente Donald Trump de reforçar o investimento público, designadamente no sector da defesa.

 

O compromisso obtido entre os líderes da maioria republicana (Mitch McConnell) e da minoria democrata no Senado (Charles E. Schumer), que ainda terá de baixar à câmara baixa (Representantes), deverá permitir evitar a possibilidade de novo "shutdown" na quinta-feira.

 

De acordo com o Washington Post, o acordo mereceu o acordo dos senadores do Partido Democrata já depois de serem contemplados aumentos de despesa relacionada com programas de âmbito social.

 

Ainda segundo este jornal, em causa está o reforço da despesa em cerca de 315 mil milhões de dólares até 2019, a que acresce um pacote de assistência às vítimas dos furacões e incêndios que atingiram o território dos Estados Unidos ao longo de 2017 no valor de 90 mil milhões de dólares. A despesa na defesa cresce 80 mil milhões de dólares em 2018 e 85 mil milhões no próximo ano. Já a despesa doméstica aumenta em 63 mil milhões de dólares em 2018 e em 68 mil milhões para lá dos actuais limites.

 

Parece assim ultrapassado um longo período de impasse entre republicanos e democratas, até aqui incapazes de conciliar agendas por forma a assegurar o financiamento das despesas federais. Bloqueio institucional que levou ao "shutdown" do mês passado. No entanto, a imprensa americana salienta que persistem diferenças entre os dois partidos.


"Este projecto de lei representa um significativo passo em frente bipartidário", declarou Mitch McConnnell que acrescentou ter esperança que este tipo de consenso possa continuar em 2018. Já Charles E. Schumer considera que "este acordo para o orçamento é o primeiro verdadeiro ‘fruto’ do bipartidarismo", algo que deve permitir os diversos impasses relativos à despesa federal que se têm sucedido nos últimos anos.

 

Espera-se que o acordo seja votado ainda esta quarta-feira pelo Senado, contudo existe ainda apreensão quanto a uma aprovação na Câmara dos Representantes, que votará o projecto de lei na quinta-feira. O bloco mais conservador dos republicanos e a ala liberal dos democratas apresentam reticências.

 

Os democratas com assento na câmara baixa exigem um recuo de Donald Trump em relação à adopção de medidas restritivas sobre a política de imigração e o acolhimento de refugiados.

 

Isso mesmo foi dito pela líder da minoria democrata na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, ao notar que existe "um grande número" de democratas que se oporão ao projecto se não houver mudanças na legislação sobre imigração.

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