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Sanções e petróleo podem levar Rússia para a primeira recessão desde 2009

No próximo ano, o produto interno bruto (PIB) russo pode cair 0,8%, levando a economia para a primeira recessão 2009. As sanções impostas a Moscovo e a queda dos preços do petróleo explicam este desempenho.

Reuters
02 de Dezembro de 2014 às 12:09
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A economia russa pode entrar em recessão no próximo ano, pela primeira vez desde 2009, de acordo com as declarações de Alexei Vedev, vice-ministro da Economia da Rússia, esta terça-feira, 2 de Dezembro, e citadas pela Bloomberg. O responsável estima que a economia russa contraia 0,8% no próximo ano, o que contrasta com as anteriores previsões, que apontavam para um crescimento de 1,2%.

 

"Assumimos agora que as sanções vão continuar durante todo o ano de 2015. Isto para nós significa que os mercados de capitais estão fechados para a maioria das empresas e bancos e que as condições de investimento são desfavoráveis: incerteza e falta de segurança", afirmou Alexei Vedev, citado pelo The Guardian.

 

O Governo russo cortou as previsões para o preço do petróleo de 100 dólares por barril para 80 dólares por barril. As saídas líquidas de capital, de acordo com a Bloomberg, devem atingir 125 mil milhões de dólares este ano e 90 mil milhões de dólares em 2015.

 

A Rússia é o maior exportador de energia do mundo e arrecada cerca de 50% das suas receitas orçamentais através da comercialização de gás natural e petróleo. As sanções impostas a Moscovo devido ao conflito com a Ucrânia, a queda do rublo – moeda russa – que está a alimentar a inflação e a queda em cerca de 30% dos preços do petróleo, estão a eliminar as receitas provenientes das exportações.

 

De acordo com as estimativas do Deutsche Bank, a Rússia precisa que cada barril de Brent negoceie em torno dos 100 dólares este ano para equilibrar o seu orçamento. Por esta altura, o Brent cede 0,15% para 72,43 dólares por barril.

 

Nos últimos três meses, o rublo enfraqueceu 26% face ao dólar. Esta manhã a divisa russa recua 2,25% para 0,01910 dólares.

 

A economia russa enfrenta actualmente o pior abrandamento desde 2009 devido à queda em torno de 40% dos preços do petróleo desde o pico de Junho de 2014. "O rublo começou a fortalecer depois da forte desvalorização de ontem", afirmou à Bloomberg, Sergey Vakhrameev, gestor da Ankor Invest, em Moscovo. "Actualmente, o preço do petróleo começou de novo a cair apesar dos fortes ganhos de ontem, por isso, o rublo seguiu" essa tendência, acrescentou.

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