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Rússia na disposição de integrar a Crimeia

Os líderes das duas câmaras do Parlamento russo mostraram vontade de aceitar o pedido de integração feito esta quinta-feira pelo Parlamento regional da Crimeia.

07 de Março de 2014 às 13:22
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Em paralelo ao aumento da tensão que opõe a Rússia aos Estados Unidos e à União Europeia (UE), e que já levou mesmo à aplicação de sanções económicas destes países a Moscovo, esta sexta-feira o Parlamento russo mostrou-se na disposição de vir a aceitar o pedido de adesão da Crimeia à Federação Russa.

 

Segundo o periódico "El País", os líderes das duas câmaras do Parlamento moscovita, Valentina Matviyenko e Sergué Naryshkin, referiram que vêem com bons olhos a integração da península da Crimeia se no referendo, antecipado para o próximo dia 16 de Março, a vontade popular legitimar a moção aprovada quinta-feira pelo Parlamento da ainda região ucraniana.

 

"Se o povo da Crimeia aprovar o referendo sobre a integração na Federação Russa nós, enquanto câmara alta, apoiaremos sem dúvida essa resolução", explicou Valentina Matviyenko, presidente do Conselho da Federação Russa. "Respeitaremos a decisão histórica dos habitantes da Crimeia", garantiu, por sua vez, Sergué Naryshkin.

 

Esta quinta-feira ficou marcada pela aprovação de uma moção, pelo Parlamento da Crimeia, na qual é pedido às autoridades de Moscovo que aceitem a integração desta região no território russo. O vice-primeiro-ministro da Crimeia, Rustam Temirgaliev, chegou mesmo a afirmar que a Crimeia passou a pertencer à Rússia "a partir de hoje [quinta-feira]".

 

Além da moção foi ainda antecipado para o próximo dia 16 deste mês um referendo onde serão colocadas duas questões aos habitantes da região autónoma da Crimeia. A primeira incidirá sobre a concordância popular relativamente à anexação da Crimeia à Federação Russa. A segunda questiona a vontade de ser readoptada a Constituição de 1992.

 

Reacções agudizam-se

 

Além das sanções impostas pela UE e pelos Estados Unidos à Rússia, o final de quinta-feira foi pródigo em acusações mútuas. Primeiro foi o Departamento de Estado norte-americano a acusar Moscovo de estar a utilizar uma argumentação, sobre a Ucrânia, que consiste em "dez afirmações erradas". O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou a Casa Branca de "cinismo" e "arrogância inadmissível".

 

Esta sexta-feira o dia começou com um novo apelo do primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, ao diálogo. Yatsenyuk voltou a referir a "disponibilidade [ucraniana] para iniciar conversações com o Governo russo" e avisou Moscovo que "ninguém, no mundo civilizado, irá reconhecer o resultado do suposto referendo". 

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