"Os piores presságios cumpriram-se. Não ouviram as nossas advertências. Voltaram a ameaçar-nos. Tínhamos advertido de que estas acções não ficarão sem consequências. Toda a responsabilidade recai em Washington, Londres e Paris", afirmou Antonov numa declaração oficial difundida pela embaixada.
O chefe da delegação diplomática russa em Washington qualificou de "inadmissíveis" as palavras do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a responsabilidade de Vladimir Putin no suposto ataque com armas químicas contra a cidade síria de Douma.
"Os ataques ao presidente [Vladimir Putin] são inaceitáveis e inadmissíveis. Os EUA, um país que têm o maior arsenal de armas químicas do mundo, não têm o direito moral de culpar outros países", assinalou Antónov.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou hoje uma ofensiva conjunta com a França e o Reino Unido contra alvos associados a armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque químico do qual responsabilizam o governo de Bashar Al Asad.
A ofensiva lançada hoje pelos EUA, Reino Unido e França contra o Governo de Bashar Al Asad consistiu em três ataques contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.
O presidente dos EUA condenou os ataques químicos "monstruosos" levados a cabo pelo regime de Damasco. Prometeu que a operação irá durar "o tempo que for necessário".
De Londres, a primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que não existia "alternativa ao uso da força".
"Não podemos tolerar a banalização do uso das armas químicas", afirmou o presidente francês Emmanuel Macron em comunicado.