O apelo foi deixado numa entrevista ao primeiro canal da televisão pública. Putin afirmou que são necessárias conversações imediatas "não apenas sobre questões técnicas, mas sobre a organização política e social e as condições para a criação de um estado no Sudeste da Ucrânia".

Segundo a Reuters, que cita o porta-voz do Kremlim, Dmitry Peskov, o presidente russo não se estava a referir à independência daqueles territórios, como é pretensão dos separatistas. Questionado se a "Nova Rússia", o termo usado pelos rebeldes, deveria ainda pertencer a território ucraniano, Peskov respondeu que sim.

As declarações de Putin surgem um dia depois de os líderes da União Europeia terem decidido, na cimeira de Sábado, analisar um novo conjunto de sanções comerciais a aplicar à Rússia, que deverão estar concluídas no espaço de uma semana. E que avançarão caso Moscovo não recue no apoio aos separatistas do Leste.

Kiev acusou na sexta-feira a Rússia de enviar tropas para o seu território, em apoio aos rebeldes. Acusação confirmada pela Nato. Em Bruxelas,  Petro Poroshenko, disse que a situação "estava muito próxima do ponto de não retorno. O ponto de não retorno é a guerra total".

O avanço dos rebeldes rumo ao porto de Mariupol continua. No domingo foi atingido um navio de guerra ucraniano, naquele que foi o primeiro ataque naval desde o início do conflito. Do lado das forças de Kiev cavam-se trincheiras para proteger a cidade.