Notícia
Portugueses não pagam contas a tempo. Bem-estar financeiro está abaixo da média europeia
O bem-estar financeiro dos portugueses está abaixo da média europeia e há uma razão principal para tal: não conseguem pagar as contas a tempo.
De 0 (pior) a 10 (melhor), o bem-estar financeiro dos portugueses em 2019 situou-se nos 6,06 pontos, abaixo da média europeia de 6,21 pontos. Entre 24 países, Portugal é o sétimo pior, segundo o novo barómetro da Intrum sobre o bem-estar financeiro divulgado esta quinta-feira, 28 de novembro.
A análise concentra-se em 24 países europeus e define "bem-estar financeiro" por segurança financeira para satisfazer as necessidades diárias e ter controlo do orçamento. O barómetro mede quatro vertentes: a capacidade de pagar as contas a tempo, a liberdade face ao endividamento, a poupança para o futuro e a literacia financeira.
No topo do ranking que junta estes quatro indicadores está a Alemanha (6,89 pontos), seguindo-se a Áustria (6,77 pontos) e a Suécia (6,72 pontos). Espanha, por exemplo, está ligeiramente acima da média com 6,27 pontos. Na cauda do ranking está a Grécia (5,3 pontos).
A explicação para a posição de Portugal abaixo da média europeia reside principalmente na falta de capacidade para pagar as contas a tempo. Neste indicador, os portugueses são os segundos piores, apenas superados pelos gregos.
A principal razão dada pelos portugueses para não pagar a tempo é a falta de dinheiro (56%, acima da média europeia), seguindo-se o esquecimento (35%, abaixo da média europeia). "A compressão das finanças pessoais parece que estão a afetar as perspetivas dos consumidores portugueses", diz o relatório.
Entre os 24 países, os portugueses são os que mais estão preocupados (64%) com a travagem da economia europeia. "Os consumidores portugueses estão a ter dificuldades em pagar as contas e mostram-se preocupados que a desaceleração da UE venha a ter um efeito negativo nas suas finanças", escreve a Intrum.
A esta preocupação junta-se a capacidade de poupança dos portugueses, que também figura abaixo da média europeia. 81% dos inquiridos portugueses disse que conseguia poupar, mas 61% mostrou-se insatisfeito com o montante dessa poupança. O objetivo principal dos portugueses é poupar para uma despesa futura inesperada, seguindo-se para um cenário de perda do emprego e só depois para a reforma.
Portugal figura melhor nesta comparação de 24 países nos outros dois indicadores: a liberdade face a dívidas e a literacia financeira, em ambas acima da média europeia. Isto é, os portugueses estão menos dependentes de crédito e sabem mais sobre finanças pessoais. A Intrum nota que, no geral, os inquiridos europeus sobrestimaram o que sabiam sobre termos financeiros.
Um dado curioso deste estudo sobre os consumidores portugueses é a preocupação que têm com um consumo mais sustentável. 57% dos inquiridos portugueses disseram que o interesse pela sustentabilidade motiva-os a limitar as suas despesas. A média europeia foi de 42%.
A análise concentra-se em 24 países europeus e define "bem-estar financeiro" por segurança financeira para satisfazer as necessidades diárias e ter controlo do orçamento. O barómetro mede quatro vertentes: a capacidade de pagar as contas a tempo, a liberdade face ao endividamento, a poupança para o futuro e a literacia financeira.
A explicação para a posição de Portugal abaixo da média europeia reside principalmente na falta de capacidade para pagar as contas a tempo. Neste indicador, os portugueses são os segundos piores, apenas superados pelos gregos.
A principal razão dada pelos portugueses para não pagar a tempo é a falta de dinheiro (56%, acima da média europeia), seguindo-se o esquecimento (35%, abaixo da média europeia). "A compressão das finanças pessoais parece que estão a afetar as perspetivas dos consumidores portugueses", diz o relatório.
Entre os 24 países, os portugueses são os que mais estão preocupados (64%) com a travagem da economia europeia. "Os consumidores portugueses estão a ter dificuldades em pagar as contas e mostram-se preocupados que a desaceleração da UE venha a ter um efeito negativo nas suas finanças", escreve a Intrum.
A esta preocupação junta-se a capacidade de poupança dos portugueses, que também figura abaixo da média europeia. 81% dos inquiridos portugueses disse que conseguia poupar, mas 61% mostrou-se insatisfeito com o montante dessa poupança. O objetivo principal dos portugueses é poupar para uma despesa futura inesperada, seguindo-se para um cenário de perda do emprego e só depois para a reforma.
Portugal figura melhor nesta comparação de 24 países nos outros dois indicadores: a liberdade face a dívidas e a literacia financeira, em ambas acima da média europeia. Isto é, os portugueses estão menos dependentes de crédito e sabem mais sobre finanças pessoais. A Intrum nota que, no geral, os inquiridos europeus sobrestimaram o que sabiam sobre termos financeiros.
Um dado curioso deste estudo sobre os consumidores portugueses é a preocupação que têm com um consumo mais sustentável. 57% dos inquiridos portugueses disseram que o interesse pela sustentabilidade motiva-os a limitar as suas despesas. A média europeia foi de 42%.