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Portugal não assina comunicado conjunto de condenação a Assad
Em nota emitida pela Casa Branca informa-se que 11 países oficializaram por escrito a condenação do regime de Assad, ao qual atribuem responsabilidade pelos ataques, nos arredores de Damasco, com recurso a gás sarin.
À margem da reunião do G20, 11 países assinaram um comunicado conjunto em que condenam “de forma veemente o horrível ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco a 21 de Agosto”, diz a nota a que o Negócios teve acesso.
Numa declaração assinada pelos líderes e representantes de Espanha, Canadá, Arábia Saudita, Austrália, Reino Unido, Japão, Itália, França, Turquia, República da Coreia e Estados Unidos tomam-se por provadas as responsabilidades do regime de Assad nos ataques próximos de Damasco. Portugal, que já anunciou anteriormente a defesa de uma posição conjunta sob o espectro das Nações Unidas, acabou por não assinar este documento.
Neste documento pode ler-se um apelo a “uma resposta internacional firme” enquanto atitude dissuasora da utilização deste tipo de armamento. Os signatários reconhecem que o Conselho de Segurança se encontra “paralisado”, pelo que reforçam o apoio aos esforços dos Estados Unidos pela “proibição do uso de armas químicas”. Por fim, estes países anunciaram que “exigiram que a missão de inspectores da ONU apresente as suas conclusões logo que possível e que o Conselho de Segurança actue em conformidade”.
Em abordagem às conclusões que vierem a ser obtidas pelos investigadores da ONU, John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos, referia a 30 de Agosto passado que o mandato dos inspectores, por definição, “não poderá esclarecer-nos sobre nada que já não saibamos”. Tendo em conta o provável veto da Rússia a qualquer operação militar contra Damasco, qualquer resposta a Assad deverá passar por uma acção, com maior ou menos abrangência ao nível da comunidade internacional, fora do âmbito das Nações Unidas.