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Pequim avisa Europa sobre travão "desastroso" às empresas chinesas

As iniciativas de regulação do investimento chinês na Europa que têm sido avançadas pela União Europeia não agradam a Pequim, que avisa acerca das potenciais consequências nefastas para o Velho Continente.

Reuters
26 de Dezembro de 2019 às 11:11
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A China deixou um novo aviso acerca das políticas avançadas pela União Europeia que limitam o acesso de empresas chinesas ao Velho Continente. Pequim alerta que estas opções podem prejudicar os interesses europeus e abalar o volume de investimento.

O diplomata chinês Zhang Ming, que trabalhou anteriormente no Ministério dos Negócios Estrangeiros do seu país, defendeu numa entrevista que os países da União Europeia necessitam promover a cooperação internacional, pois "de outra forma, será desastroso para eles". "O que espero ver é que os países da UE mantenham os princípios de multilateralismo e de comércio livre, assim como os princípios de abertura, justiça e não-discriminação", reforçou.

De acordo com o mesmo diplomata, os planos para travar o investimento por parte de empresas estrangeiras, oportunidades comerciais e a tecnologia de telecomunicações de quinta geração pode provocar a reação de empreendedores chineses considerados "suspeitos".

Estas declarações, avançadas pelo Financial Times, surgem cerca de duas semanas depois de a Comissão Europeia ter divulgado que está a ponderar medidas concretas para responder à investida chinesa sobre empresas rivais do Velho Continente, concretizada através de sociedades detidas ou apoiadas pelo Estado. 

"Percebemos que há uma brecha se, por exemplo, uma empresa estatal quiser comprar uma empresa europeia e puder pagar qualquer valor, se assim o desejar, enquanto os outros potenciais compradores enfrentam os cofres de um Estado. (…) Estamos a tentar perceber o que fazer sobre isso", sustentou Margrethe Vestager. Tanto a REN como a EDP em Portugal são exemplos deste tipo de investida.

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