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Parlamento da Crimeia vai pedir integração na Rússia na segunda-feira

O primeiro-ministro da Crimeia, Serguei Axionov, indicou este domingo que o parlamento da Crimeia vai pedir na segunda-feira, em sessão extraordinária, ao Presidente russo, Vladimir Putin, a integração da península ucraniana na Federação da Rússia.

Reuters
16 de Março de 2014 às 19:21
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"Faremos tudo o mais rapidamente possível, ainda que cumprindo todos os requisitos legais", disse Axionov à agência russa Interfax, após a realização de um referendo em que, segundo sondagens à saída das urnas, 93% dos eleitores votou a favor da reunificação da república autónoma ucraniana da Crimeia à Rússia.

 

De acordo com o vice-primeiro-ministro da Crimeia, Rustam Temirgalev, os habitantes da península poderão obter o passaporte russo, a carta de condução e outros documentos recorrendo aos "procedimentos de urgência".

 

Após o encerramento das urnas, a Comissão Eleitoral indicou que a participação foi superior a 80% dos 1,5 milhões de pessoas com direito a voto - o que valida a consulta, que precisava de ultrapassar os 50% de participação para ser considerada vinculativa.

 

Na cidade de Sebastopol, onde está estacionada a frota russa do Mar Negro, a participação alcançou 85%.

 

O referendo, cujas duas perguntas eram "Aprova a reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da federação da Rússia?" e "Aprova a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto da Crimeia como fazendo parte da Ucrânia?", é considerado ilegal pelas novas autoridades de Kiev e pela maioria da comunidade internacional.

 

Só Moscovo defende que se trata de uma consulta "legítima".

 

Seis décadas após a decisão unilateral do então dirigente soviético Nikita Khrushchev de anexar esta região tradicionalmente russa à Ucrânia, as respostas às duas questões colocadas aos eleitores da Crimeia no referendo de hoje poderão definir por muito tempo as relações entre Rússia e ocidente.

 

Num território habitado maioritariamente por 58,32% de russos, 24,32% de ucranianos (ambos de religião ortodoxa) e 12,1% de tártaros da Crimeia (muçulmanos), previa-se que o desfecho da consulta não fosse surpreendente, depois de uma sondagem recente ter previsto um "sim" esmagador à união com a Rússia.

 

Cerca de 1.200 assembleias de voto estiveram abertas em toda a Crimeia entre as 8h00 (6h00 em Lisboa) e as 20h00 (18h00 em Lisboa).

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