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Estados Unidos rejeitam resultado do referendo na Crimeia

Os Estados Unidos foram os primeiros a rejeitar o resultado do referendo realizado este domingo na Crimeia, que aprovou a secessão da Ucrânia, e classificaram as acções militares da Rússia na região como "perigosas e desestabilizadoras".

16 de Março de 2014 às 19:07
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Segundo uma sondagem à boca das urnas, feita pelo Instituto para Investigação Política e Sociológica da Crimeia, 93% dos votantes desta república autónoma ucraniana com uma população maioritariamente russa aprovaram a reunificação com a Rússia, este domingo, 16 de Março.

 

Reagindo aos resultados de imediato, a Casa Branca considera que o "referendo é contrário à Constituição da Ucrânia" e avisa que "a comunidade internacional não reconhecerá os resultados de uma votação realizada sob ameaças de violência e intimidação".

 

Classificando uma eventual secessão da Crimeia como "uma violação da lei internacional", Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, recordou que os Estados Unidos apoiam "a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".

 

Referindo-se a movimentações militares na Crimeia e na fronteira leste da Ucrânia, Washington considera que "as acções da Rússia são "perigosas e desestabilizadoras".

 

"Uma intervenção militar e a violação da lei internacional vão custar caro à Rússia", alerta a Casa Branca.

 

O referendo, cujas duas perguntas eram "Aprova a reunificação da Crimeia com a Rússia como membro da federação da Rússia?" e "Aprova a restauração da Constituição da Crimeia de 1992 e o estatuto da Crimeia como fazendo parte da Ucrânia?", é considerado ilegal pelas novas autoridades ucranianas e pela maioria da comunidade internacional. Só Moscovo defende que se trata de uma consulta "legítima".

 

Seis décadas após a decisão unilateral do então dirigente soviético Nikita Khrushchev de anexar à Ucrânia a região da Crimeia, tradicionalmente russa, as respostas às duas questões colocadas aos eleitores no referendo de hoje poderão definir por muito tempo as relações entre Rússia e Ocidente.

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