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O comércio do aço que Trump quer mudar em sete gráficos
Primeiro foi o choque, depois veio o alívio e finalmente nova reviravolta e o pior dos cenários: Donald Trump vai mesmo avançar com a imposição de tarifas sobre o aço e o alumínio, aplicando-as inclusivamente aos países europeus, ao Canadá e ao México, seus aliados naturais. Em sete gráficos, compreenda quem dá cartas no sector do aço e quem depende de quem num negócio à escala planetária que move milhões.
Produção mundial de aço
Da China vem nada mais, nada menos do que metade da produção mundial de aço. Segue-se a União Europeia, o Japão e a Índia. Só depois aparecem os EUA, com uma quota de 5%.
Importações de aço
A dependência dos Estados Unidos face ao aço aumentou muito, tendo estabilizado nos anos mais recentes. Em 2017, as importações alimentavam 33% do consumo de aço no país.
Maiores fornecedores
O Canadá é, de longe, o principal fornecedor de aço dos Estados Unidos. Mas juntando todos os países da União Europeia, esta iguala a importância do Canadá. A Alemanha dá o maior contributo.
Maiores produtores dos EUA
Estas são as empresas que vão beneficiar de forma directa da imposição de tarifas alfandegárias sobre as importações de aço para os Estados Unidos. A maior é a Nucor Corporation que sozinha produz 22 milhões de toneladas de aço.
Procura mundial
Metade do aço produzido é utilizado em construção e infra-estruturas, segundo a Associação Mundial de Aço e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos. Em segundo lugar, e a grande distância, surge o equipamento mecânico, os automóveis e os produtos de metal.
Maiores exportadores
A China é, de longe, o maior exportador. Sozinho, o gigante asiático exporta qualquer coisa como 106 milhões de toneladas de aço, mas só uma pequeníssima parte vai para os Estados Unidos. Japão, Rússia e Coreia do Sul surgem a seguir e só depois, em quinto lugar, a Alemanha.
Maiores importadores
Os Estados Unidos são os maiores importadores do mundo, tendo comprado ao estrangeiro em 2016 30,1 milhões de toneladas de aço. A Alemanha e a Coreia do Sul, apesar de serem grandes exportadores, também sentem necessidade de importar e surgem em segundo e terceiro lugar neste ranking.