O antigo Presidente egípcio, Hosni Mubarak, foi novamente condenado a uma pena de prisão, desta feita por roubo de dinheiros públicos. Mubarak foi condenado a três anos de prisão e dois filhos do ex-governante a quatro anos de encarceramento pelo mesmo crime.

Hosni Mubarak e os seus filhos, Alaa e Gamal, foram considerados culpados da utilização indevida de cerca de 17,6 milhões de dólares (perto de 13 milhões de euros), originalmente destinados a obras de recuperação de palácios presidenciais, em propriedades privadas da família.

A Al Jazeera acrescenta que os três familiares foram condenados ao pagamento de uma coima de 2,9 milhões de dólares (2,1 milhões de euros) e à devolução da totalidade dos fundos públicos desviados.

Este era um dos processos instaurados pela justiça egípcia depois da deposição de Mubarak no decurso da Primavera Árabe em 2011. Em Julho de 2012 o ex-Presidente foi condenado a prisão perpétua por cumplicidade na morte de 846 civis que se manifestavam de forma pacífica no Cairo no final de Janeiro.

Mais recentemente, em Agosto do ano passado, o antigo chefe de Estado do Egipto foi deslocado da prisão de Tora, onde permanecia preso há dois anos, para um hospital militar em virtude de um tribunal ter considerado válida a defesa de Mubarak que pedia a sua libertação uma vez que havia expirado o prazo limite da prisão preventiva.

Antes o tribunal considerara que o julgamento de Mubarak fora ferido de várias irregularidades, tendo sido decretada a sua repetição.

A pena, conhecida esta quarta-feira, sobre os três elementos da família Mubarak é susceptível de recurso, pelo que se aguarda que a defesa do ex-Presidente recorra nos próximos dias. Sob Mubarak pendem ainda mais dois processos por suspeitas de corrupção.