Notícia
Morreu Hosni Mubarak, ex-presidente do Egito derrubado pela Primavera Árabe
O antigo presidente do Egito, Hosni Mubarak, morreu esta terça-feira, 25 de fevereiro aos 91 anos, noticiou a imprensa local. Após ter sido deposto em 2015 durante a Primavera Árabe, Mubarak foi condenado por corrupção.
O antigo presidente do Egito, Hosni Mubarak, morreu esta terça-feira, 25 de fevereiro aos 91 anos, adiantou a imprensa do egípcia.
Mubarak comandou os destinos do país durante 30 anos, até ser forçado a deixar o cargo a 11 de fevereiro de 2011, em resultado da revolução egípcia de 25 de janeiro, a qual decorreu em pleno curso da Primavera Árabe.
Em maio desse ano, Mubarak e os seus filhos, Alaa e Gamal, foram julgados acusados dos crimes de corrupção e assassinato de manifestantes. Em agosto de 2013, o antigo presidente do Egipto acabou por ser absolvido de uma das acusações de corrupção e o tribunal ordenou a sua libertação da prisão, decisão que levou também em linha de conta o estado de saúde do antigo ditador.
Já em março de 2017, Mubarak foi absolvido da acusação de assassinato de manifestantes pró-democracia, sendo que dois antes antes já os filhos do ex-presidente haviam também sido ilibados.
Antes de se tornar presidente, Mubarak foi comandante da Força Aérea Egípcia entre 1972 e 1975. Assumiu a presidência em 1981 após o assassinato do antigo presidente Anwar Sadat durante uma parada militar.
Depois da deposição de Mubarak, o Egito realizou as primeiras eleições livres desde a independência, ato eleitoral que permitiu à Irmandade Muçulmana chegar ao poder, com Mohammed Morsi a ser eleito presidente egípcio em 2012. A ditadura militar de três décadas liderada por Mubarak impedira a afirmação da Irmandade Muçulmana durante largos anos.
Contudo, Morsi esteve apenas no poder durante um ano, tendo sido derrubado por um golpe militar de pendor reacionário que permitiu ao general Abdel Fattah el-Sisi chegar à presidência do Egito. Sisi instaurou novamente uma ditadura no Egito, tendo sido confirmado no poder em 2014 numas eleições em que diversos candidatos, entre os quais a Irmandade Muçulmana, foram impedidos de participar.
(Notícia em atualização)