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Médio Oriente: Borrell adverte que paz depende de solução política e não de cessar-fogos

"A paz virá por negociações políticas e não há muitas opções", frisou o chefe da diplomacia europeia, apontando que a solução de dois Estados, israelita e palestiniano, é "a única" que permite a "convivência pacífica".

EPA
27 de Maio de 2021 às 22:53
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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell (na foto), frisou hoje que a paz no Médio Oriente não pode depender de cessar-fogos, mas de negociações políticas que permitam alcançar a solução de dois Estados, um israelita e outro palestiniano.

"O cessar-fogo [entre Israel e o Hamas] está a funcionar, esperemos que perdure, mas não podemos depender de [um ciclo de] cessar-fogo, violência, cessar-fogo. A segurança não é paz e a paz não virá por milagre", sublinhou o Alto Representante da UE para a Política Externa em conferência de imprensa após o conselho informal de ministros dos Negócios Estrangeiros (Gymnich), em Lisboa.

"A paz virá por negociações políticas e não há muitas opções", frisou, apontando que a solução de dois Estados, israelita e palestiniano, é "a única" que permite a "convivência pacífica".

Josep Borrell insistiu que "o'status quo' não é viável, como a nova vaga de violência voltou a demonstrar". "Nunca estivemos tão longe da solução de dois Estados", disse, defendendo a necessidade de a "continuar a pôr em cima da mesa das negociações".

O Alto Representante admitiu, por outro lado, que os oito milhões de euros mobilizados por Bruxelas para apoio às vítimas da recente violência em Gaza "evidentemente não são suficientes".

"Muito mais será preciso", disse, mas "a comunidade internacional, em particular a UE, não pode continuar a reconstruir indefinidamente [a Faixa de Gaza], a cada três anos, cada vez que surge uma onda de violência". É necessário, insistiu, "relançar o processo de paz" no Médio Oriente, restaurando-o "de uma forma credível para israelitas e palestinianos".

Para que isso seja uma realidade, é preciso "um forte envolvimento" de "parceiros internacionais e regionais chave", como a Jordânia, cujo ministro dos Negócios Estrangeiros, Ayman al-Safadi, participou como convidado na reunião ministerial de hoje.
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