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Marcelo preside a mesa redonda na ONU e defende migrantes marginalizados

O Presidente da República fez na segunda-feira uma intervenção em defesa dos migrantes marginalizados e desfavorecidos, contra a xenofobia, durante uma mesa redonda sobre fluxos migratórios, à qual presidiu, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.

Bruno Simão/Negócios
20 de Setembro de 2016 às 00:33
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"É urgente trazer as pessoas de volta para o coração das nossas decisões, sem deixar ninguém para trás", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que esteve a presidir a esta mesa redonda conjuntamente com o Presidente do México, Enrique Peña Nieto.

 

O chefe de Estado português apoiou a ideia de um encontro internacional no México sobre esta matéria e apelou a uma abordagem dos fluxos migratórios centrada nos direitos humanos dos migrantes "e que dê atenção particular aos grupos de migrantes marginalizados e desfavorecidos".

 

"As migrações dizem respeito a todos nós e nenhum Estado pode nem deve fugir às suas obrigações, no quadro da legislação internacional de direitos humanos, de proteger e assegurar respeito dos direitos humanos dos migrantes", declarou Marcelo Rebelo de Sousa.

 

Este foi o segundo discurso que o Presidente da República fez hoje sobre este tema na sede da ONU, onde decorreu uma Reunião de Alto Nível Sobre Refugiados e Migrantes com duas sessões plenárias e várias mesas redondas.

 

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a falar na importância da integração e condenou "as violações de direitos humanos contra os migrantes, incluindo a negação do acesso a direitos fundamentais como o direito à educação e o direito à saúde", associadas "às leis e práticas e a atitudes de preconceito, racismo, xenofobia contra os migrantes".

 

O Presidente da República reafirmou que é a favor da "promoção do acesso à educação aos filhos de todos os imigrantes e acesso aos cuidados de saúde a todos os residentes, estejam ou não numa situação regular".

 

Neste contexto, referiu que "os migrantes, especialmente os que estão em situação irregular, tendem a viver e trabalhar na sombra, com medo de se queixarem, com direitos e liberdades negados e vulneráveis à discriminação, exploração e marginalização".

 

O Presidente da República pediu que se facilite a continuidade dos estudos superiores dos jovens deslocados em situações de emergência.

 

"Para mim, é claro que temos de passar da retórica da dignidade humana à realidade, formulando respostas concretas, realistas e exequíveis, baseadas na cooperação firme entre países de origem, de trânsito e de destino, e em acção concertada entre Estados, organizações internacionais e sociedade civil, com pleno respeito pelos direitos humanos", declarou.

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