Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Líderes europeus querem “código de conduta” com os serviços secretos americanos

Responsáveis da União Europeia querem regras sobre aquilo que os serviços secretos podem ou não fazer. Decisão segue-se à polémica das escutas dos americanos a 35 líderes mundiais.

25 de Outubro de 2013 às 16:10
  • 7
  • ...

Depois de instalada a polémica em torno das alegadas escutas dos espiões norte-americanos a dezenas de líderes mundiais, chega a resposta oficial dos responsáveis europeus.

 

No Conselho Europeu, que hoje termina, os líderes da União Europeia concordaram com a necessidade de regular a conduta dos serviços secretos. Uma informação que foi transmitida aos jornalistas no final do encontro pelo primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker.

 

Os chefes de Estado e de governo “concordaram que é preciso regras sobre aquilo que os serviços secretos podem ou não fazer”, anunciou Juncker, citado pela Bloomberg. “Concordámos que é preciso verificar a forma como os serviços secretos dos diversos países da União Europeia colaboram e o que fazem no território de outros”.

 

As declarações de Juncker vêm na sequência da informação avançada pelo jornal “The Guardian”, esta sexta-feira, de que as autoridades americanas terão vigiado os telefones de 35 líderes mundiais, incluindo a chanceler alemã, Angela Merkel.

 

“Vamos tentar ter um código de conduta com os americanos que limite aquilo que é aceitável, e o que não é”, acrescentou Juncker. Contudo, o responsável garante que o facto de Merkel ter sido escutada “não foi o gatilho para a nossa reacção vigorosa”.

 

Segundo as informações avançadas pelo diário britânico, um documento classificado, fornecido pelo ex-subcontratado da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) Edward Snowden, indica que a NSA trabalhou de perto com os departamentos "clientes" do Governo norte-americano para garantir a segurança das ligações telefónicas com políticos estrangeiros de relevo.

 

Um dirigente norte-americano, não identificado, entregou mais de 200 números, incluindo os de líderes mundiais que foram imediatamente "trabalhados" para serem vigiados pela NSA.

 

As últimas revelações acontecem no meio de um furor causado pelas alegações de que os Estados Unidos teriam escutado o telemóvel da chanceler alemã Angela Merkel e depois de revelações de que a NSA teria controlado as comunicações dos líderes brasileiro e mexicano.

 

 

Ver comentários
Saber mais Escutas Angela Merkel Jean-Claude Juncker Estados Unidos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio