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Inflação atinge quase 500.000% na Venezuela em doze meses
O país liderado por Nicolás Maduro vê os preços crescerem todos os dias. A hiperinflação vivida na Venezuela já atingiu os 500.000% nos doze meses que tiveram início em Setembro de 2017.
488.865% - este é o aumento dos preços no consumidor que se faz sentir na Venezuela desde Setembro do ano passado, revelou um membro da oposição no congresso venezuelano, esta segunda-feira, citado pela Reuters.
No último mês de Setembro, a inflação fixou-se nos 233%, acima dos 223% registados em Agosto. Diariamente, regista-se uma inflação na ordem dos 4%, afirmou o mesmo membro da oposição ao governo venezuelano, Angel Alvarado.
Num esforço para contrariar a evolução dos preços, o líder desta economia latina, Nicolás Maduro, tentou reduzir em cinco zeros o valor da divisa do país, o bolívar, aumentou em 3.000% o ordenado mínimo e indexou os salários a uma criptomoeda criada pelo Estado.
Estes números colocam a Venezuela no encalço daquilo que já tinha sido antecipado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI):"Prevemos que a inflação dispare 1.000.000% até o final de 2018, o que indica que a situação na Venezuela é semelhante à da Alemanha em 1923 e à do Zimbabué no final da primeira década deste século", pode ler-se no documento "Perspectivas para as Américas: uma recuperação mais difícil", redigido pelo FMI.
O actual líder venezuelano justifica a hiperinflação que se vive no país com a "guerra económica" que diz ser travada pela oposição e pelos responsáveis do mundo dos negócios, os quais por sua vez acusa de aumentarem os preços arbitrariamente.
Nicolás Maduro foi reeleito no passado mês de Maio, eleições estas que lançaram suspeitas entre várias nações, sendo que muitas acreditam que os resultados tenham sido manipulados. Maduro nega essa tese.