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França suspende entrega de equipamento militar à Rússia

Autoridades francesas suspendem entrega de navio por causa da situação na Ucrânia. Putin e Poroshenko conversaram sobre as condições para um cessar-fogo e as posições são "próximas".

Reuters
03 de Setembro de 2014 às 21:35
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A França anunciou esta quarta-feira a suspensão da entrega do primeiro navio de guerra Mistral à Rússia, prevista para Outubro. A razão invocada prende-se, segundo um comunicado da presidência francesa, com o facto de as condições para a autorização não estarem reunidas, tendo em conta a crise na Ucrânia.

A nova posição francesa em relação ao navio porta-helicópteros Mistral foi decidida durante um Conselho de Defesa, realizado na véspera da cimeira da NATO, que vai decorrer até sexta-feira no País de Gales, e algumas horas depois da divulgação de novas críticas norte-americanas à Rússia.

O contrato firmado entre Paris e Moscovo, assinado em 2011, previa, de acordo com a Lusa, a entrega às autoridades russas de dois navios da classe Mistral (o "Vladivostok" e o "Sébastopol") por um valor de 1,2 mil milhões de euros.

O ministro russo da Defesa, Yuri Borisov, reagiu pouco depois do anúncio, afirmando, citado pela agência Itar-Tass, que a decisão do governo francês não impedia Moscovo de avançar com o plano de modernização das suas Forças Armadas.

Cessar-fogo mais perto?

O presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo ucraniano Petro Poroshenko estiveram ontem ao telefone e, no final, Putin disse que as posições dos dois países para garantir um cessar-fogo na região estavam "muito próximas". Putin terá colocado sete condições para que o cessar-fogo se concretize. Entre elas está a retirada das tropas ucranianas da região Leste do país e o fim das hostilidades por parte dos separatistas.

No final até foi anunciado, do lado ucraniano, um cessar-fogo. Mas o Kremlin veio depois explicar que a Rússia não pode acordar um cessar-fogo porque não está envolvida no conflito. Apesar disso, o primeiro-ministro ucraniano disse que o plano de Putin não passava de um "truque" em vésperas da cimeira da NATO, acrescentando que "o verdadeiro plano de Putin é destruir a Ucrânia e restaurar a União Soviética".

Entretanto, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou quarta-feira um reforço da presença militar norte-americana no Leste da Europa, sublinhando o compromisso com a segurança desses países perante "a agressão" da Rússia à Ucrânia.

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