Notícia
FMI melhora crescimento mundial. EUA e Reino Unido desiludem
O momento das economias avançadas está melhor, estima o FMI que nota excepções importantes: EUA e Reino Unido, cujo crescimento foi revisto em baixa. Bom momento deve ser usado para fazer reformas defende Maurice Obstfeld, o economista-chefe.
A carregar o vídeo ...
A economia mundial deverá crescer 3,6% em 2017 e 3,7% em 2018 prevê o FMI, valores 0,1 pontos acima da previsão anterior, e uma aceleração significativa face aos 3,2% de 2016, avança a instituição no relatório semestral "World Economic Outoook", publicado a 10 de Outubro. A revisão em alta deste ano é justificada pelo desempenho positivo das economias avançadas; enquanto o do próximo ano responde principal ao maior dinamismo das economias emergentes.
"Para 2017, a maior parte da nossa revisão em alta deve-se a perspectivas melhores para as economias avançadas, enquanto na revisão positiva de 2018 as economias emergentes e em desenvolvimento desempenho um papel relativamente maior", escreve Maurice Obstfeld, economista-chefe da instituição, na nota de apresentação dos resultados.
No relatório a instituição detalha que as economias avançadas deverão crescer 2,2% este ano, mais 0,2 pontos do que o esperado em Abril. O melhor momento é explicado pelo desempenho da Zona Euro (crescimento de 2,1% em 2017 e 1,9% em 2019, mais 0,3 a 0,4 pontos respectivamente que em Abril); do Japão (1,5% em 2017 e 0,7% em 2018, mais 0,3 e 0,1 pontos respectivamente ) e do Canadá (3% em 2017 e 2,1% em 2018, mais 1,1 e 0,1 pontos respectivamente).
Para Portugal, a instituição mantém as previsões que actualizou no Verão, no âmbito da última visita pós-programa, de um crescimento do PIB de 2,5% este ano e 2% no próximo. Comparando com as previsões de Abril (1,7%% para este ano e 1,6% para o próximo), Portugal regista uma das maiores revisões em alta.
As desilusões chegam do Reino Unido e dos EUA. O pior desempenho da economia de Theresa May traduz um pior primeiro semestre de 2017 do que o antecipado, e reflecte-se numa revisão em baixa do crescimento do Reino Unido de 2% para 1,7%. Já a revisão em baixa para os EUA, sentida em 2017 e 2018 (2,2% em 2017 e 2,3% em 2018, que compara com 2,3% e 2,5% previsto em Abril), resulta do FMI já não confiar num estímulo orçamental da Administração Trump via corte generalizado de impostos. Esta alteração para a maior economia mundial explica a desaceleração de crescimento nas economias avançadas de 2,2% em 2017 para 2,1% em 2018.
O crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento foi revisto em alta 0,1 pontos, para 4,6% e 4,9% em 2017 e 2018, respectivamente, puxado pelo dinamismo chinês.
Perante o melhor momento da economia mundial, Maurice Obstfled alerta que a retoma não está concluída, na medida em que os salários ainda não recuperaram nas economias desenvolvidas, que os países em desenvolvimento dependentes de energia estão a passar por um momento difícil, e em que várias economias apresentam tendências de crescimento de longo negativas, penalizadas pela demografia e por problemas estruturais.
Neste contexto, a recuperação cíclica deve ser aproveitada para implementar reformas que aumentem o crescimento potencial das economias. Este momento é "uma janela de oportunidade", defende Obstfeld, que considera que "as reformas estruturais necessárias diferem entre países, mas todos têm amplo espaço para medidas que aumentem a resiliência das economias e o crescimento potencial". Para Portugal o FMI desta a importância de flexibilizar o mercado de trabalho, melhorar o funcionamento do Estado e reduzir a burocracia.
"Para 2017, a maior parte da nossa revisão em alta deve-se a perspectivas melhores para as economias avançadas, enquanto na revisão positiva de 2018 as economias emergentes e em desenvolvimento desempenho um papel relativamente maior", escreve Maurice Obstfeld, economista-chefe da instituição, na nota de apresentação dos resultados.
No relatório a instituição detalha que as economias avançadas deverão crescer 2,2% este ano, mais 0,2 pontos do que o esperado em Abril. O melhor momento é explicado pelo desempenho da Zona Euro (crescimento de 2,1% em 2017 e 1,9% em 2019, mais 0,3 a 0,4 pontos respectivamente que em Abril); do Japão (1,5% em 2017 e 0,7% em 2018, mais 0,3 e 0,1 pontos respectivamente ) e do Canadá (3% em 2017 e 2,1% em 2018, mais 1,1 e 0,1 pontos respectivamente).
As desilusões chegam do Reino Unido e dos EUA. O pior desempenho da economia de Theresa May traduz um pior primeiro semestre de 2017 do que o antecipado, e reflecte-se numa revisão em baixa do crescimento do Reino Unido de 2% para 1,7%. Já a revisão em baixa para os EUA, sentida em 2017 e 2018 (2,2% em 2017 e 2,3% em 2018, que compara com 2,3% e 2,5% previsto em Abril), resulta do FMI já não confiar num estímulo orçamental da Administração Trump via corte generalizado de impostos. Esta alteração para a maior economia mundial explica a desaceleração de crescimento nas economias avançadas de 2,2% em 2017 para 2,1% em 2018.
O crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento foi revisto em alta 0,1 pontos, para 4,6% e 4,9% em 2017 e 2018, respectivamente, puxado pelo dinamismo chinês.
Perante o melhor momento da economia mundial, Maurice Obstfled alerta que a retoma não está concluída, na medida em que os salários ainda não recuperaram nas economias desenvolvidas, que os países em desenvolvimento dependentes de energia estão a passar por um momento difícil, e em que várias economias apresentam tendências de crescimento de longo negativas, penalizadas pela demografia e por problemas estruturais.
Neste contexto, a recuperação cíclica deve ser aproveitada para implementar reformas que aumentem o crescimento potencial das economias. Este momento é "uma janela de oportunidade", defende Obstfeld, que considera que "as reformas estruturais necessárias diferem entre países, mas todos têm amplo espaço para medidas que aumentem a resiliência das economias e o crescimento potencial". Para Portugal o FMI desta a importância de flexibilizar o mercado de trabalho, melhorar o funcionamento do Estado e reduzir a burocracia.