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Emprego abaixo do esperado nos EUA desilude e lança dúvidas sobre estímulos da Fed

Em setembro, foram criados 194 mil novos empregos nos Estados Unidos. Número ficou 61,2% abaixo do esperado. Incerteza quanto ao início da retirada de estímulos financeiros da Reserva Federal dos Estados Unidos à economia vai manter-se.

A Reserva Federal norte-americana realiza hoje, às 19h, uma conferência de imprensa na qual vai anunciar os resultados do último encontro de política monetária.
Leah Millis/ Fed
08 de Outubro de 2021 às 14:32
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Os dados do emprego revelados esta sexta-feira nos Estados Unidos prometiam dar "luz verde" à retirada de estímulos à economia por parte da Reserva Federal norte-americana (Fed). No entanto, a criação de novos empregos ficou 61,2% abaixo do esperado, colocando em dúvida a possibilidade de "tapering" a curto prazo.  

Os Estados Unidos criaram 194 mil empregos em setembro, segundo os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho norte-americano. A previsão dos economistas era que o volume de novos empregos atingisse os 500 mil, mas o impacto da variante delta na economia dos Estados Unidos veio contrariar as expectativas.

A fraca criação de novos empregos veio revelar que a economia norte-americana ainda não conseguiu recuperar completamente da crise provocada pela covid-19, o que pode afastar, por enquanto, a previsão da Fed de vir a retirar estímulos à economia norte-americana, tal como foi sinalizado na reunião da Fed de setembro

"Se continuar a haver bons progressos, tal como se espera, o comité considera que em breve se poderá garantir essa moderação no ritmo de compra de ativos", sublinhou o Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC), na ata do último encontro.


Se os dados do emprego tivessem atingido ou superado o previsto, seria reafirmada a confiança da Fed na recuperação económica e não haveria dúvidas em relação à retirada de estímulos nos próximos meses. Mas como os resultados ficaram abaixo do esperado, as dúvidas permanecem. 

O atual ritmo de compra de ativos equivale a 120 mil milhões de dólares por mês. Estes montantes repartem-se, mensalmente, por 80 mil milhões de dólares em obrigações do Tesouro e 40 mil milhões em títulos garantidos por hipotecas.

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