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Dois mortos em Chicago, pilhagens e detenções continuam em várias cidades dos EUA

Duas pessoas morreram durante os distúrbios em Cicero, Chicago, enquanto os protestos pela morte do afro-americano George Floyd às mãos da polícia continuam em várias cidades dos Estados Unidos, bem como as pilhagens.

Justin Lake/EPA
02 de Junho de 2020 às 09:33
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O porta-voz da autarquia de Cicero, Ray Hanania, disse que 60 pessoas foram detidas naquela localidade de cerca de 84 mil habitantes, localizada a oeste de Chicago. Hanania não forneceu informações adicionais sobre os mortos ou em que circunstâncias ocorreram.

 

A polícia do estado de Illinois e o Gabinete do Xerife do Condado de Cook foram chamados para ajudar as forças de segurança locais na segunda-feira, devido às pilhagens que ali tiveram lugar.

 

Em Buffalo, Nova Iorque, o condutor de uma viatura investiu sobre um grupo de polícias numa manifestação, ferindo pelo menos dois agentes.

 

Em Washington, na capital, a polícia voltou a usar gás lacrimogéneo e projéteis para dispersar os manifestantes, enqaunto em Nova Iorque o recolher obrigatório não impediu outra noite de destruição, registando-se detenções na sequência de pilhagens.

 

Antes de alguns destes casos, a agência de notícias Associated Press indicara que pelo menos 5.600 pessoas tinham já sido detidas nos Estados Unidos desde o início dos protestos contra a morte de George Floyd.

 

As detenções tiveram lugar sobretudo em cidades em que as manifestações se tornaram mais violentas e num momento em que a polícia e os governadores são instados pelo Presidente, Donald Trump, a endurecer as ações para reprimir os protestos.

 

Em Minneapolis, onde Floyd morreu, foram efetuadas 155 detenções, 800 em Nova Iorque e mais de 900 em Los Angeles.

 

A indignação foi sentida um pouco por todo o país. De Nova Iorque a Los Angeles, de Filadélfia a Seattle, centenas de milhares de norte-americanos têm-se manifestado contra a brutalidade policial, o racismo e a desigualdade social.

 

As manifestações terminaram muitas vezes em confrontos com a polícias, em pilhagens e tumultos, levando várias cidades a mobilizar a Guarda Nacional e a impor o recolher obrigatório.

 

George Floyd foi assassinado às mãos da polícia norte-americana, devido à pressão feita no seu pescoço, e o afro-americano estava sob o efeito de drogas, concluiu o médico legista responsável pela autópsia.

 

O afro-americano de 46 anos teve uma "parada cardíaca e pulmonar" por causa da forma como foi imobilizado pela polícia, indicou em comunicado, esta segunda-feira, o médico legista do condado de Hennepin.

 

No relatório, listou "outros parâmetros importantes: arteriosclerose e pressão alta; envenenamento por fentanil [um opiáceo]; uso recente de anfetaminas".

 

George Floyd, suspeito pela polícia de falsificar uma nota falsificada de 20 dólares (18 euros), morreu quando foi detido em Minneapolis, no norte dos Estados Unidos, há uma semana.

De acordo com imagens que já percorreram o mundo, um agente manteve-o imobilizado no chão, ajoelhado sobre o seu pescoço por quase nove minutos.

 

O polícia, Derek Chauvin, 44, foi demitido, detido e acusado de homicídio. Os três outros agentes presentes no momento dos eventos também foram despedidos, mas não foram até ao momento sujeitos a qualquer acusação.

 

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