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CNN noticia novo email que liga campanha de Trump à Rússia e a Putin

Os congressistas responsáveis pela investigação ao alegado conluio entre a equipa de Donald Trump e o Kremlin descobriu um email enviado por um colaborador de topo da campanha do actual presidente em que este tentava estabelecer contacto com Vladimir Putin.

Reuters
24 de Agosto de 2017 às 14:15
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Avolumam-se os indícios de que houve conluio entre membros da campanha de Donald Trump e as autoridades russas com o objectivo de favorecer o actual presidente americano nas presidenciais realizadas em Novembro do ano passado.

 

Esta quinta-feira, 24 de Agosto, a CNN revela que os congressistas norte-americanos encarregados de investigar as alegadas ligações de membros da equipa de Trump ao Kremlin descobriram um email que aponta para a tentativa, feita por um colaborador de topo do actual presidente, de estabelecer contacto directo com o próprio presidente russo, Vladimir Putin.

 

Em causa está um email em que Rick Dearborn, então membro da campanha de Trump e actualmente vice-chefe do pessoal da administração americana, apresenta informações a membros da equipa do então candidato à Casa Branca sobre uma terceira pessoa que estaria a realizar diligências por forma a colocá-los em contacto directo com Putin.

 

A citada mensagem de correio electrónico foi enviada em Junho do ano passado, precisamente na mesma altura em que o Donald Trump Jr. (filho mais velho do magnata nova-iorquino) trocou emails com um antigo parceiro de negócios do seu pai com vista a uma reunião com uma advogada russa e que acabou por ter lugar poucos dias depois. A advogada em causa terá então passado informações comprometedoras para a candidata presidencial democrata, Hillary Clinton.

 

O intermediário com que Rick Dearborn trocou mensagens não surge identificado, aparecendo nos emails com o nome "WV", o que uma fonte anónima citada pela CNN diz fazer referência a "West Virginia". Sendo certo, porém, que não existe qualquer indicação de ter sido Dearborn a solicitar informações. Até porque a fonte que passou os emails à CNN garantiu que o colaborador de Donald Trump se mostrou céptico relativamente à proposta para a marcação de um encontro.

 

Além de membro da campanha de Trump, Rick Dearborn era também chefe de pessoal do então senador Jeff Sessions, actual procurador-geral e primeiro senador republicano a conferir apoio à candidatura de Trump. O próprio Sessions – após ter prestado falso testemunho – já confirmou ter-se encontrado, ainda durante a campanha presidencial, em duas ocasiões com o na altura embaixador russo junto das Nações Unidas, Sergey Kislyak. Os encontros foram mantidos em segredo.

Outro ponto de ligação entre a equipa de Trump e o Kremlin terá sido Paul Manafort, director da campanha eleitoral do actual presidente que se demitiu, ainda em Agosto do ano passado, devido ao elevar da pressão resultante das ligações deste ao ucraniano Partido das Regiões, a força política do ex-presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Manafort terá recebido milhões de dólares deste partido pró-russo. Coincidência, ou não, é que a casa de Manafort, entretanto alvo de buscas por parte de FBI, está situada no Estado americano da Virginia. 

Além de todos estes dados, a comunidade de informações dos Estados Unidos já revelou informação que dá conta da interferência russa na campanha eleitoral. Designadamente através de pirataria informática que invadiu o correio electrónico pessoal de Hillary Clinton assim como os servidores do Comité Nacional do Partido Democrata. 

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