Notícia
China e União Europeia à beira de acordo histórico
A China poderá abrir o espaço económico do país a um maior investimento da União Europeia. A notícia foi avançada esta terça-feira pelo ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, que afirmou terem sido feitos "avanços significativos" para que se chegue a um acordo.
A China e a União Europeia estão muito perto de chegar a um acordo que implicará a abertura da segunda maior economia do mundo a investimento europeu.
Esta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, confirmou terem sido feitos progressos para que seja formalizado um acordo entre Pequim e Bruxelas.
"Graças a esforços dos dois lados, as conversações têm permitido fazer avanços significativos", afirmou o governante chinês. "Esperamos chegar a acordo o mais cedo possível, o que implicará a constituição de um quadro legal para futuras trocas comerciais e resultará em benefícios para os dois lados".
"As perspetivas são boas. Falta apenas acertar alguns pormenores", disse à Rueters uma fonte envolvida nas negociações. "Como as coisas estão de momento, o acordo deverá estar terminado na quarta-feira".
Desde 2013 que a China e a União Europeia estão em diálogo para tentar alcançar um acordo de investimento. A concretizar-se, esta será uma forma das duas potências ficarem menos dependentes dos Estados Unidos. A agência Bloomberg escreve mesmo que a aproximação do acordo só é possível graças à decisão de Donald Trump de retirar os norte-americanos da Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization).
Caso o documento seja assinado, a União Europeia terá acesso a indústrias chinesas como a biotecnologia, as telecomunicações ou os automóveis, e o investimento europeu gozará de maior proteção no mercado chinês. Por outro lado, o acordo vai permitir à China contornar algumas leis regulatórias da União Europeia que proíbem subsídios às indústrias ou o controlo estatal de empresas.
A Reuters avança também que um dos principais objetivos da China com este acordo era conseguir entrar no mercado energético europeu, mas que o mesmo foi vedado por causa de questões relacionadas com segurança. A Comissão Europeia terá contentado Pequim com uma pequena fatia do setor das energias renováveis.
Nota ainda para o facto de a Polónia ter insistido para que a nova dinâmica comercial fosse discutida com o presidente-eleito norte-americano Joe Biden. Contudo, os restantes Estados-membros não concordaram com a opinião.
O fortalecimento dos laços comerciais com a União Europeia é também uma decisão geopolítica por parte da China, que tem procurado afirmar-se como a grande potência do século XXI.
A notícia de que um acordo deverá acontecer nos próximos dias é no entanto uma surpresa dada a evolução das relações entre as duas potências em 2020. Este ano, Bruxelas repudiou publicamente a interferência de Pequim em Hong Kong e acusou o governo de Xi Jinping de ter encetado uma campanha de desinformação acerca do novo coroanvírus.
(Notícia atualizada às 12h06 com mais informações)
Esta terça-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, confirmou terem sido feitos progressos para que seja formalizado um acordo entre Pequim e Bruxelas.
"As perspetivas são boas. Falta apenas acertar alguns pormenores", disse à Rueters uma fonte envolvida nas negociações. "Como as coisas estão de momento, o acordo deverá estar terminado na quarta-feira".
Desde 2013 que a China e a União Europeia estão em diálogo para tentar alcançar um acordo de investimento. A concretizar-se, esta será uma forma das duas potências ficarem menos dependentes dos Estados Unidos. A agência Bloomberg escreve mesmo que a aproximação do acordo só é possível graças à decisão de Donald Trump de retirar os norte-americanos da Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization).
Caso o documento seja assinado, a União Europeia terá acesso a indústrias chinesas como a biotecnologia, as telecomunicações ou os automóveis, e o investimento europeu gozará de maior proteção no mercado chinês. Por outro lado, o acordo vai permitir à China contornar algumas leis regulatórias da União Europeia que proíbem subsídios às indústrias ou o controlo estatal de empresas.
A Reuters avança também que um dos principais objetivos da China com este acordo era conseguir entrar no mercado energético europeu, mas que o mesmo foi vedado por causa de questões relacionadas com segurança. A Comissão Europeia terá contentado Pequim com uma pequena fatia do setor das energias renováveis.
Nota ainda para o facto de a Polónia ter insistido para que a nova dinâmica comercial fosse discutida com o presidente-eleito norte-americano Joe Biden. Contudo, os restantes Estados-membros não concordaram com a opinião.
O fortalecimento dos laços comerciais com a União Europeia é também uma decisão geopolítica por parte da China, que tem procurado afirmar-se como a grande potência do século XXI.
A notícia de que um acordo deverá acontecer nos próximos dias é no entanto uma surpresa dada a evolução das relações entre as duas potências em 2020. Este ano, Bruxelas repudiou publicamente a interferência de Pequim em Hong Kong e acusou o governo de Xi Jinping de ter encetado uma campanha de desinformação acerca do novo coroanvírus.
(Notícia atualizada às 12h06 com mais informações)