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China e EUA travam esperanças para encontro. Acordo comercial "impossível" até Janeiro

Os presidentes americano e chinês vão encontrar-se no fim do mês, no âmbito da cimeira do G20. Segundo o secretário de Estado do Comércio dos EUA, o encontro servirá apenas para permitir um "enquadramento" para um acordo que ponha fim ao braço de ferro entre os dois gigantes.

Reuters
16 de Novembro de 2018 às 09:24
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O aguardado encontro entre Trump e Xi Jinping, a acontecer na cimeira do G20 no final do mês, servirá apenas para determinar "se vai existir um enquadramento" para avançar as negociações entre as duas maiores economias do mundo, que se mantêm há vários meses numa contenda comercial, avançou o secretário de Estado do comércio norte-americano, Wilbur Ross, em declarações à Bloomberg.

De acordo com Ross, "de certeza que não teremos um acordo completo e formal em Janeiro. Impossível". A única garantia para Janeiro é o reforço das tarifas a aplicar sobre produtos importados da China. Parte dos 200 mil milhões de bens que já estão sujeitos a taxas de 10% desde Setembro, passarão a suportar uma carga de 25%.

O responsável pelo comércio nos EUA assegurou que não é de esperar que Trump e Jinping cheguem a abordar "detalhes", mas sim o "panorama geral" – só neste caso o enquadramento poderá progredir. Até agora, disse ainda, foi apenas executado "trabalho preparatório".

Os Estados Unidos têm já uma lista com 142 exigências que querem ver cumpridas pela China, as quais também justificam o actual passo das negociações pela dificuldade em resolvê-las e passá-las para o papel, nota Ross.

As declarações deste responsável vêm baixar as expectativas para o encontro entre os dois presidentes, animadas pela notícia de que a China preparou uma lista de possíveis concessões para apresentar ao presidente norte-americano na cimeira do G20, que começa a 30 de Novembro na Argentina.

Nas declarações à Bloomberg, Ross afastou a hipótese de o calendário político americano estar a influenciar o decorrer das conversações com a China. Apontou ainda a redução das tarifas aplicadas à importação de gás natural liquefeito (LNG), de 25% para 10%, o que, da perspectiva de Ross, reflecte a consciência de Pequim acerca do impacto das medidas de retaliação na sua própria economia.

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