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China corta tarifas a metade sobre bens dos EUA no valor de 75 mil milhões

Taxas de entre 10% e 5% vão ser reduzidas para metade em 1.600 bens, como produtos marinhos, aves, soja e alguns tipos de aviões ou ainda lâmpadas de tungsténio usadas na investigação médica.

Reuters
06 de Fevereiro de 2020 às 07:43
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A China vai reduzir para metade as taxas alfandegárias sobre produtos norte-americanos no valor de 75 mil milhões de dólares (68 mil milhões de euros) em importações anuais, anunciou hoje Pequim.

 

Esta medida, que vai entrar em vigor em 14 de fevereiro, vai abranger as taxas alfandegárias aplicadas desde 1 de setembro último, precisou a Comissão dos Direitos Alfandegários do Governo chinês.

 

A decisão surge um mês depois da assinatura de uma trégua na guerra comercial iniciada há cerca de dois anos entre as duas primeiras economias mundiais.

 

Esta medida estará inserida no âmbito do acordo parcial alcançado entre Pequim e Washington e surge depois de também os Estados Unidos terem reduzido as taxas das tarifas sobre alguns bens importados da China. Este alívio do lado norte-americano também entra em vigor a 14 de fevereiro.

 

Taxas de entre 10% e 5% vão ser reduzidas para metade em 1.600 bens, como produtos marinhos, aves, soja e alguns tipos de aviões ou ainda lâmpadas de tungsténio usadas na investigação médica.

 

Esta descida visa "promover um desenvolvimento são e estável das relações económicas e comerciais sino-americanas", indicou a Comissão.

 

Nos termos do acordo preliminar de 15 de janeiro, a China comprometeu-se a comprar, durante os próximos dois anos, por 200 mil milhões de dólares (cerca de 182 mil milhões de euros), produtos suplementares norte-americanos, nomeadamente agrícolas e manufaturados.

 

Na terça-feira, o conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow, declarou que o surto do novo coronavírus na China e que está a paralisar a economia do país ia atrasar a compra destes produtos norte-americanos.

 

No sábado, Pequim tinha anunciado a anulação de taxas alfandegárias aplicadas em alguns produtos médicos norte-americanos importados para combater a pneumonia viral, como desinfetantes, vestuário de proteção e veículos de socorro.

 

A China elevou hoje para 563 mortos e mais de 28 mil infetados o balanço do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.

 

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há outros casos de infeção confirmados em mais de 20 países, o último novo caso identificado na Bélgica terça-feira.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou em 30 de janeiro uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional, o que pressupõe a adoção de medidas de prevenção e coordenação à escala mundial.

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