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China admite que política "zero covid" está a travar economia mais que o esperado

O primeiro-ministro chinês Li Keqiang sugeriu que os objetivos do Governo - que têm como meta uma expansão do PIB de 5,5% - começam a ficar fora de alcance, apelando a um maior esforço para estabilizar o crescimento.

Reuters
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O Governo chinês admitiu que o impacto da covid-19 na economia está a ser mais forte que o esperado. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang reconheceu que as medidas de prevenção epidémica, conhecidas como política "zero covid" estão a afetar a economia chinesa de forma inédita desde o início da pandemia, antecipando que as metas de crescimento possam ser revistas em baixa.

Li Keqiang passou uma mensagem pouco animadora durante uma videoconferência organizada pelo Conselho de Estado, na noite de quarta-feira, após ter reunido de emergência com milhares de representantes de governos locais, empresas detidas pelo Estado e instituições financeiras.

O chefe de Governo sugeriu que os objetivos do Governo - que têm como meta uma expansão do PIB de 5,5% - começam a ficar fora de alcance, apelando a um maior esforço para estabilizar o crescimento. "As dificuldades em março e abril foram, em alguns aspetos, mais severas do que em 2020", quando a pandemia de covid-19 começou, referiu o governante, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.

O primeiro-ministro citou como exemplo as quedas em indicadores como o emprego, produção industrial, consumo de energia e transporte de mercadorias. Li pediu a dezenas de milhares de funcionários do governo "esforços para manter a economia a operar a um nível adequado".

O discurso segue-se a uma série de revisões em baixa nas projeções para o crescimento por parte de analistas e bancos de investimento internacionais. Pequim tem adotado uma postura cautelosa sobre a evolução da epidemia. Ainda no início da semana foi decretada a recomendação de teletrabalho na capital do país.

Para tentar contrariar o impacto económico da política "zero covid", a China está a avançar com um pacote de estímulos. Entre as principais propostas estão créditos fiscais para a indústria, que o Estado espera que resultem num retorno de cerca de 140 mil milhões de renminbis (20 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual), mas também redução de impostos e incentivos ao consumo. No total, são 33 medidas para estabilizar a economia chinesa.
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