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Chile cancela cimeira devido a protestos e adia encontro entre Trump e Xi

As fortes contestações sociais no Chile, que subiram de tom a 18 de outubro, levaram ao cancelamento da cimeira onde se iriam encontrar os presidentes da China e dos EUA, para uma nova ronda negocial.

Reuters
30 de Outubro de 2019 às 15:54
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A cimeira económica da Ásia-Pacífico, marcada para os dias 16 e 17 de novembro, em Santiago, no Chile, foi cancelada. A motivar esta decisão do governo chileno estão os fortes protestos que têm feito eco principalmente na capital do país.

"Entendemos perfeitamente a importância que a cimeira económica da Ásia-Pacífico e a conferência do clima têm para o Chile e para o mundo, mas baseámos a nossa decisão no senso comum", disse o presidente chileno, Sebastian Pinera. "O presidente precisa de pôr o seu povo acima de qualquer outra coisa", concluiu.

Este cancelamento obriga Xi Jinping e Donald Trump, presidentes da China e dos EUA, respetivamente, a adiarem o encontro, uma vez que se esperava que ambos selassem um acordo comercial provisório durante a cimeira. Trump tinha mesmo dito que esperava que a "fase um" do acordo com a China ficasse concluída.

Para já, ainda não se sabe quando e como os líderes das duas maiores economias do mundo se vão encontrar para resolver as diferenças que ainda pairam na sua relação. O acordo, iniciado no passado dia 11 de outubro, tinha acalmado os receios de um possível agravamento das tensões entre ambos os países.

O seu cancelamento "sugere que a incerteza da guerra comercial possa continuar por mais tempo", disse o economista-chefe do Deutsche Bank, à Bloomberg, acrescentando que "aumenta o risco de a fase dois ou fase três nunca chegarem a acontecer".

Para além da cimeira económica da Ásia-Pacífico, o governo do Chile anunciou também que a conferência sobre alterações climáticas das Nações Unidas, conhecida como COP25, e marcada para dezembro, também não se irá realizar.

Desde 6 de outubro que fortes protestos têm tomado conta das ruas do Chile, especialmente na capital do país, Santiago. O gatilho da contestação foi o aumento de preços dos transportes e da energia, mas essa é só a "ponta do iceberg"

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