Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Casa Branca e republicanos fecham "acordo de princípio" para tecto da dívida

Reuters
28 de Maio de 2023 às 10:05
  • ...
Foram precisos 90 minutos de conversa ao telefone para desbloquear o princípio de acordo entre a administração Biden e o líder da maioria republicana na Câmara dos Representantes. Já ao final da noite deste sábado, foram fechados os pontos essenciais que permitem evitar o default dos Estados Unidos.

No entanto, o processo para chegar a um acordo ainda precisa de passar pelos mais céticos dos dois partidos no Congresso, no que se espera ser uma maratona até ao dia 5 de junho. A margem de erro é mínima, uma vez que essa é a data-limite dada pelo Tesouro a partir da qual, se esgota a capacidade para fazer face ao pagamento a credores e que poderia deixar a economia mundial à beira do precipício.

O líder dos republicanos na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, afirmou ao final da noite de sábado - já madrugada em Lisboa - que voltaria a falar com Joe Biden este domingo para acertar pormenores do acordo. "Ainda temos muito trabalho pela frente, mas acredito que este princípio de acordo que é digno do povo americano", frisou aos jornalistas.

Os termos do acordo

Os detalhes ainda são desconhecidos, mas já há alguns pormenores do acordo que vão sendo libertados. Por exemplo, o entendimento prevê cortes em determinadas despesas ou a imposição de limites noutras. Aliás, à exceção da defesa, todas as restantes áreas da administração deverão manter os gastos dentro dos atuais valores. Também suspende o limite da dívida até janeiro de 2025, ou seja, para depois das próximas eleições presidenciais.

Como referido, as despesas não-militares vão manter-se no próximo ano sensivelmente idênticas às atuais, subindo apenas 1% em 2025, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. O entendimento agora alcançado impõe limites às chamadas despesas discricionárias, ou seja, as verbas que o Congresso liberta todos os anos para financiar programas das agências federais. De fora ficaram os programas Medicare e da Segurança Social.

A despesa militar deverá subir no próximo ano cerca de 3,3%, tal como definida na proposta da Casa Branca, sendo, no entanto, abaixo do valor previsto para a inflação.
Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio