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BCE prevê abrandamento mais forte da economia da Zona Euro
O Banco Central Europeu (BCE) estima que o crescimento económico mundial abrande no próximo ano e reviu em baixa as previsões para a evolução da economia na Zona Euro.
O Banco Central Europeu (BCE) estima que o crescimento económico mundial abrande no próximo ano, tendo também revisto em baixa as previsões para a evolução da economia na Zona Euro.
No Boletim Económico divulgado esta quinta-feira, 27 de Dezembro, o BCE assinala que "a actividade económica mundial deverá desacelerar em 2019 e manter-se estável nos anos seguintes". No que respeita à Zona Euro, a instituição liderada por Mario Draghi estima que o crescimento real do produto interno bruto (PIB) da Zona Euro se cifre em 1,9% este ano, abrandando para 1,7% em 2019. Para 2020 a estimativa é de um crescimento de 1,7% e para 2021 de 1,5%.
Face às previsões anteriores, de Setembro, o BCE reviu em baixa ligeira as estimativas de crescimento para este ano e o próximo.
O documento assinala que os riscos para o crescimento da Zona Euro mantêm-se "equilibrados", advertindo, contudo, que "a persistência de incertezas geopolíticas, a ameaça do proteccionismo, as vulnerabilidades dos países emergentes e a volatilidade dos mercados financeiros" aumentaram os riscos.
No que toca à inflação, o BCE reviu em alta a estimativa para a variação do índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) em 2018, fixada agora em 1,8%. Para o próximo ano, no entanto, a previsão foi revista em baixa, para 1,6%.
O BCE reiterou a previsão de que as taxas de juro deverão manter-se inalteradas "pelo menos até ao Verão do próximo ano".
Tensões entre China e EUA com impacto no crescimento mundial
O relatório assinala que "a intensificação de tensões comerciais entre a China e os EUA deverá ter impacto na actividade económica de ambos os países". O BCE considera que "até ao momento, o impacto global das tensões comerciais está a ser limitado", mas alerta que "a maior incerteza sobre o futuro das relações comerciais pode afectar de forma adversa a confiança e o investimento".
Ainda assim, o BCE prevê que a economia dos EUA se mantenha "resiliente" no próximo ano. Já a economia chinesa poderá abrandar devido a uma desaceleração no mercado imobiliário e aos efeitos da desalavancagem.
Noutras geografias, o documento antecipa que a Rússia continue a retoma económica, enquanto o Brasil deverá recuperar após um ano marcado por incerteza política e pela greve dos camionistas.