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ANC dá 48 horas ao Presidente da África do Sul para se demitir 

O Congresso Nacional Africano (ANC) deu 48 horas ao Presidente da África do Sul, Jacob Zuma, para apresentar a sua demissão do cargo, segundo informações avançadas hoje pela televisão estatal sul-africana SABC.

Em 2018, após uma surpreendente sucessão de acontecimentos, vai registar-se em toda a África subsaariana uma vaga de transição democrática. A forçada demissão do há muito presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, no final de 2017, desencadeia uma onda de mudanças políticas noutros países africanos. Jacob Zuma, presidente da África do Sul, é forçado a sair do poder, e Joseph Kabila no Congo enfrenta manifestações sem precedentes que o levam a fugir do país. Mas a África do Sul será a grande vencedora, com um forte crescimento económico.
reuters
13 de Fevereiro de 2018 às 08:33
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Segundo a televisão, que cita elementos que participam na reunião do ANC, o presidente do partido, Cyril Ramaphosa, deslocou-se até à residência oficial do chefe de Estado para o informar que tem 48 horas para apresentar a sua demissão, evitando assim ser afastado do cargo.

 

O atual chefe de Estado, que enfrenta acusações de corrupção, pode recusar demitir-se mas, nesse caso, o ANC pode apresentar no parlamento uma moção de censura.

 

O partido de Jacob Zuma, o Congresso Nacional Africano (ANC), está reunido em Pretória para, como afirmou o seu líder, Cyril Ramaphosa, "finalizar" a questão da saída antecipada do Presidente da África do Sul.

 

Os 107 membros do Conselho Nacional Executivo do ANC estão reunidos hoje num hotel da capital da nação sul-africana para uma decisão sobre o futuro do Presidente da África do Sul.

O conselho tem o poder de "lembrar" Jacob Zuma sobre o ocorrido em 2008, quando o Presidente Thabo Mbeki, que sucedeu no cargo a Nelson Mandela, renunciou por falta de apoio do ANC no parlamento.

 

Depois de ter ultrapassado sete moções anteriormente, o Presidente Zuma vai enfrentar em 22 deste mês uma nova moção de censura parlamentar, pedida por um partido da oposição.

Após deixar a presidência da formação no último congresso do ANC, em Dezembro, a favor de Ramaphosa - que não era o seu candidato preferido -, a pressão para que o chefe de Estado abandone o poder aumentou, especialmente nas últimas semanas.

 

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