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Supremo tribunal da Malásia confirma pena de 12 anos de prisão para ex-primeiro-ministro
Najib Razak foi considerado culpado pelos crimes de abuso de poder e confiança, lavagem de dinheiro, e por alegadamente ter recebido ilegalmente 10 milhões de euros da SRC International.
O supremo tribunal da Malásia confirmou a pena de 12 anos de prisão efetiva e uma multa de 46,84 milhões de dólares (44,14 milhões de euros à taxa de câmbio atual), para o ex-primeiro-ministro do país, Najib Razak.
O antigo político de 69 anos recorreu da condenação em 2020, depois de um tribunal o ter considerado culpado dos crimes de abuso de poder e confiança, lavagem de dinheiro, e por alegadamente ter recebido ilegalmente 10 milhões de dólares (10,07 milhões de euros) da SRC International, antiga subsidiária do 1MDB.
O juiz Tengku Maimun Tuan Mat deixou claro no acórdão que "a defesa foi tão inconsistente que não levantou dúvidas sobre o caso". O tribunal rejeitou ainda o argumento da defesa de que a sentença "é manifestamente excessiva".
Najib Razak criou o fundo estatal 1MDB quando assumiu o poder em 2009, para promover o desenvolvimento económico do país, mas o fundo acumulou vários milhões em dívidas e está a ser investigado nos Estados Unidos e em vários outros países por alegado desvio de verbas e branqueamento de capitais.
O escândalo levou à derrota da coligação governamental de Najib Razak nas eleições de 9 de maio de 2018, na primeira mudança de poder desde que a Malásia conquistou a independência do Reino Unido em 1957. Najib Razak chefiava o Governo malaio desde 2009.