O produto interno bruto no Japão cresceu a uma taxa anualizada no primeiro trimestre deste ano, com a economia a escapar assim uma entrada em recessão técnica.

Nos três meses anteriores o PIB tinha recuado 1,7% (acima dos 1,1% anteriormente estimados) e os economistas apontavam para um crescimento de 0,3% nos primeiros três meses deste ano.

A impulsionar a economia nipónica esteve sobretudo o aumento dos gastos públicos, bem como as despesas das famílias, enquanto o investimento das empresas continuou em queda. Também o facto de o primeiro trimestre ter tido mais dias úteis contribuiu para o incremento do PIB, realça a Bloomberg.

"Os dados do PIB foram muito mais fortes que o esperado mas quando retiramos o efeito de mais dias úteis, a verdade é que a economia continua estagnada", comentou à agência de notícias Yuichi Kodama, economista-chefe de um banco em Tóquio.

Os dados hoje revelados mostram também que o programa de estímulos implementado no país há três anos (conhecido por Abenomics) está a ter um efeito limitado, já que as empresas continuam relutantes em investir (investimento privado caiu 1,4% no primeiro trimestre). O consumo das famílias aumentou 0,5%.

No ano fiscal terminado em Março o PIB registou uma expansão de 2,2%, o que representa o maior aumento desde 1997, mas continua longe do objectivo do governo (3%).