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EUA e Japão vão "intensificar pressão" sobre Coreia do Norte após novo míssil

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acordaram hoje, ao telefone, em exercer ainda mais pressão sobre Pyongyang após o novo lançamento de um míssil.

reuters
29 de Agosto de 2017 às 07:50
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Na conversa telefónica, que durou cerca de 40 minutos, os dois líderes analisaram o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte que, pela primeira vez desde 2009, sobrevoou o arquipélago japonês antes de cair a leste da ilha de Hokkaido em águas do Pacífico.

Donald Trump e Shinzo Abe "coincidiram totalmente" relativamente à postura e às medidas a tomar antes das constantes provocações da Coreia do Norte, assinalou o primeiro-ministro nipónico em declarações reproduzidas pela televisão estatal NHK.

O novo lançamento "constitui uma ameaça muito séria e grave, e não tem precedentes", afirmou Abe, que anunciou ter pedido uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas "para pressionar ainda mais a Coreia do Norte".

Trump transmitiu a Abe "o seu forte compromisso" de que "está a 100% com o Japão", de acordo com o líder nipónico, que também informou da sua intenção de "trabalhar com a China, Rússia e a restante comunidade internacional para intensificar a pressão" sobre o regime liderado por Kim Jong-un.

Neste âmbito, Abe sublinhou em particular a importância do papel da China e da Rússia em exortar a Coreia do Norte "a mudar a sua política".

O míssil disparado pelas 06:30 (23:00 de segunda-feira em Lisboa), a partir das proximidades de Pyongyang, caiu a cerca de 1.180 quilómetros do Cabo de Erimo, na ilha de Hokkaido, após percorrer mais de 2.700 quilómetros e alcançar o seu 'pico' a aproximadamente 550 quilómetros de altura antes de cair no mar, de acordo com informações do Executivo japonês.

O novo ensaio teve lugar depois de, no sábado, Pyongyang ter lançado três mísseis de curto alcance para águas do mar do Japão, quando milhares de soldados norte-americanos e sul-coreanos participavam em manobras conjuntas na península.

Além disso, no mês passado, a Coreia do Norte testou dois mísseis balísticos intercontinentais (ICBM). O primeiro, lançado em 04 de Julho, levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a impor um novo pacote de sanções ao hermético país asiático.
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