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Disparo da Coreia do Norte leva bolsas asiáticas a perdas

Os analistas esperam que, mesmo que os EUA respondam com calma ao novo lançamento de míssil, os investidores continuem a manifestar aversão ao risco. Preços dos activos de refúgio dispararam e ouro está no valor mais alto desde a eleição de Trump.

Bloomberg
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As praças asiáticas negoceiam com perdas generalizadas esta terça-feira, 29 de Agosto, depois de nas últimas horas a Coreia do Norte ter, no espaço de menos de uma semana, realizado um novo lançamento de projécteis, desta vez um míssil que sobrevoou o Japão e caiu no mar.

Os mercados reagiram em queda à notícia do disparo e mantiveram a tendência durante a sessão asiática, a reflectir o afastamento dos investidores de activos de risco.

O índice japonês Nikkei chegou a negociar em mínimos de 8 de Maio e o Topix em mínimos de 14 de Junho, enquanto o sul-coreano Kospi chegou a cair 0,59% e transaccionou no valor mais baixo em duas semanas. Já a praça de Xangai, apesar de recuos muito ligeiros, manteve-se próxima de máximos de Janeiro de 2016 registados nas últimas sessões.

A reflectir o resguardo em activos de refúgio, o iene chegou a somar 0,36% para o valor mais elevado desde Abril passado, enquanto o ouro disparou para máximos de 11 de Novembro passado - poucos dias após as eleições nos EUA - para 1.317,55 dólares.

Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos alegam que o disparo desta madrugada, que caiu ao largo de Hokkaido no Pacífico, se tratou de um novo teste com um míssil balístico. Já a Coreia do Norte afirmou que tratou de um foguetão que transportava um satélite de comunicações.   

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, considerou que a passagem de um míssil por território japonês é um acontecimento sem "precedentes, grave" e que constitui uma "séria ameaça" e pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas uma reunião de emergência.

Abe falou ainda ao telefone com Donald Trump, segundo a Bloomberg, tendo ambos os líderes concordado em aumentar a pressão sobre Pyongyang.

"Alguns observadores pensariam que os EUA e a Coreia do Norte estariam a negociar nos bastidores, mas afinal a Coreia do Norte continua a desenvolver mísseis. A aversão ao risco deve continuar mesmo que os EUA respondam de forma calma," antecipa Chihiro Ohta, da SMBC Nikko Securities, à Bloomberg.

Nas últimas semanas a tensão entre Pyongyang e Washington atingiu níveis elevados, depois de um teste de míssil de Pyongyang no final de Julho. O presidente norte-americano prometeu responder com "fogo e fúria nunca vistos" e a Coreia do Norte ameaçou atacar as zonas marítimas em torno da ilha de Guam (de administração norte-americana) com mísseis.
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