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China começa 2017 com recuperação económica mas abrandamento deverá chegar

A produção industrial e o investimento subiram no arranque do ano. As vendas a retalho ficaram aquém do esperado. Mas os economistas falam em início de 2017 "sólido". Mas a economia vai abrandar.

Reuters
14 de Março de 2017 às 07:47
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Os dados divulgados esta terça-feira, 14 de Março, mostram que a China está a recuperar economicamente. Contudo, a expectativa dos economistas continua a ser de um abrandamento económico.

 

Segundo relatam as agências de informação, os vários relatórios revelados sobre a segunda maior economia do mundo dão conta de um início de ano robusto, com melhorias na produção industrial e no investimento. Mas para o resto do ano as expectativas não são boas.

 

A produção industrial avançou 6,3% nos primeiros dois meses, em relação ao mesmo período de 2015, acima do estimado pelos economistas compilados pela Bloomberg. Da mesma forma, o investimento também acelerou 8,9% em Janeiro e Fevereiro, superando a expectativa de 8,2% e, como sublinha a Reuters, acima da taxa de 8,1% alcançada no ano anterior.

 

Estes são indicadores positivos para uma economia que, no ano passado, cresceu 6,7%, o ritmo mais baixo em 26 anos. A China tem previsões de expansão do PIB de 6,5% este ano, como foi já admitido pelo primeiro-ministro Li Keqiang.

 

Isto porque nem tudo é perfeito na segunda maior economia do mundo. O comércio não mostra bons dados. As vendas a retalho avançaram 9,5% nos primeiros dois meses de 2017, o que significa um abrandamento face a Dezembro e a evolução mais fraca em quase dois anos, segundo a Reuters.


Ainda assim, e de acordo com a Bloomberg, para a Oxford Economics de Hong Kong, os dados desta terça-feira são "sólidos" e justificam que a previsão de crescimento do PIB chinês para 2017 seja de 6,5%, em linha com a estimativa do Executivo, e não de 6,3%, anteriormente avançada.

 

Mas é preciso uma actuação legislativa, sublinham os economistas, até porque Donald Trump pretende promover um proteccionismo que coloca peso na evolução da segunda maior economia, até porque as tensões comerciais (e cambiais) foram muitas vezes a si dirigidas pelo presidente dos Estados Unidos da América. Esta segunda-feira, surgiu uma notícia de que Trump tenciona convidar o presidente chinês, Xi Jinping, para uma cimeira de dois dias na sua casa de férias. 

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