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China revê em baixa para 6,5% estimativa de crescimento em 2017
O primeiro-ministro chinês anunciou este domingo que a economia chinesa deverá avançar 6,5% em 2017, o que representa uma revisão em baixa face ao intervalo entre 6,5% e 7% perspectivado em 2016.
Em 2017 a economia chinesa deverá registar a menor expansão económica dos últimos 27 anos, anunciou este domingo o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang durante um discurso proferido no Parlamento do país (Congresso Nacional do Povo), em Pequim, num encontro que juntou acima de três mil legisladores.
Keqiang revelou que o Governo da segunda maior economia mundial estima que esta cresça 6,5% em 2017, previsão que configura uma revisão em baixa comparativamente com o intervalo de crescimento situado entre 6,5% e 7% que era previsto em 2016 para o comportamento da economia chinesa. Isto depois de ao crescer 6,7% em 2016 a economia chinesa já ter registado o pior desempenho económico em 26 anos.
Citado pela BBC, o governante chinês disse ainda que as autoridades do país terão de endereçar esforços no sentido de impedir aquilo que chamou de "empresas zombie" que continuam a produzir carvão e aço em excesso e acima das necessidades do mercado.
O objectivo governamental passa agora pela implementação de importantes reformas que permitam a Pequim retomar os anteriores níveis de crescimento económico e, mais importante, controlar a tendência de rápido crescimento da dívida decorrente do aumento da despesa pública.
Num discurso que a BBC diz ter gerado pouco entusiasmo junto dos legisladores chineses, Li Keqiang falou na necessidade de prosseguir uma política fiscal "proactiva" e uma política monetária "cautelosa".
Ainda assim Keqiang adoptou um tom optimista ao prometer que "iremos tornar outra vez os nossos céus azuis outra vez", numa referência à batalha contra a poluição atmosférica que disse querer levar a cabo.
Tendo em conta a crescente tendência migratória para as grandes cidades e numa altura em que já não é comportável assentar o essencial do crescimento económico no sector industrial, o Governo chinês quer criar nas metrópoles 11 milhões de postos de trabalho em 2017.
Este encontro assinala a abertura de um ano político importante para a China, já que no final de 2017 terá lugar o Congresso do Partido Comunista Chinês, evento que deverá assinalar a recondução de Xi Jinping para um segundo mandato como presidente chinês.