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Bangladesh condena Nobel da Paz a seis meses de prisão

Muhammad Yunus foi considerado culpado de violar as leis laborais. Apoiantes dizem que se trata de perseguição política.

Yunus: "Criei empresas que solucionassem os problemas à minha volta"
01 de Janeiro de 2024 às 10:53
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O Nobel da Paz Muhammad Yunus foi considerado esta segunda-feira, 1 de janeiro, culpado de violar as leis laborais no Bangladesh, afirmou um procurador, num caso que os seus apoiantes dizem ter motivações políticas.

"O professor Yunus e três dos seus colegas da Grameen Telecom foram considerados culpados ao abrigo das leis laborais e condenados a seis meses de prisão", disse à Agence France-Presse (AFP) o procurador Khurshid Alam Khan.

Os quatro arguidos foram imediatamente libertados sob caução, enquanto aguardam o recurso, adiantou.

O economista, galardoado com o Prémio Nobel da Paz em 2006, e os seus três colegas foram acusados de não terem criado um fundo de previdência na empresa fundada por Muhammad Yunus, violando assim a legislação laboral.

Apesar de rejeitar estas acusações, Muhammad Yunus é também objeto de cerca de uma centena de outras acusações relacionadas com suspeitas de corrupção e alegadas violações da legislação laboral.

Muhammad Yunus, com 83 anos, é conhecido por ter tirado milhões de pessoas da pobreza através do seu banco de microcrédito pioneiro, mas desentendeu-se com a primeira-ministra do Bangladesh, Sheikh Hasina, que o acusou de "sugar o sangue" dos pobres.

De acordo com a AFP, no meio político, o economista era visto como um rival primeira-ministra do Bangladesh, que está praticamente garantido que ganhará um quinto mandato nas eleições legislativas que se realizarão no domingo e irão ser boicotadas pela oposição.

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