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Trump promete reconhecer Jerusalém como capital "indivisa" de Israel
O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, prometeu reconhecer Jerusalém como a capital "indivisa" de Israel se for eleito Presidente dos EUA em Novembro, num encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Trump reconheceu que Jerusalém tem sido a eterna capital do povo judeu há mais de três mil anos e que os Estados Unidos, sob a administração Trump, vão finalmente aceitar o mandato de longa data do Congresso para reconhecer Jerusalém como a capital indivisa do Estado de Israel", indicou a sua campanha em comunicado.
Israel apoderou-se de Jerusalém oriental na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e mais tarde anexou a área maioritariamente árabe, declarando a totalidade da cidade como a capital unificada do país, uma acção nunca reconhecida pela comunidade internacional.
Os Estados Unidos - e a maioria dos estados-membros da ONU - não reconhecem a anexação, considerando o estatuto final de Jerusalém um assunto-chave que tem de ser resolvido através de negociações de paz com os palestinianos.
O Congresso dos Estados Unidos aprovou uma lei em Outubro de 1995 apelando ao reconhecimento de uma Jerusalém indivisa como a capital de Israel e para autorizar o financiamento da transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém.
Contudo, nenhum Presidente dos Estados Unidos implementou a lei, interpretando-a como uma violação da autoridade do poder executivo sobre política externa.
O gabinete de Netanyahu também divulgou um comunicado sobre o encontro de uma hora, sem fazer referência, porém, à promessa de Trump relativamente a Israel.
"O primeiro-ministro Netanyahu discutiu com o senhor Trump assuntos relacionados com a segurança de Israel e os seus esforços para alcançar a estabilidade e a paz no Médio Oriente", indica a nota.
O comunicado de Trump diz que prometeu a Netanyahu que, caso seja eleito, os Estados Unidos vão presentear Israel "com extraordinária cooperação estratégica, tecnológica e militar".
Trump "reconheceu Israel como um parceiro vital dos Estados Unidos na guerra global contra o terrorismo islâmico radical", sublinhou a sua campanha, indicando que os dois abordaram ainda o acordo nuclear com o Irão, a luta contra o grupo extremista Estado Islâmico e outras preocupações no domínio da segurança regional.
A campanha de Trump também indicou que os dois discutiram a experiência de Israel com a sua cerca de segurança usada para a separar da Cisjordânia.
Trump fez da ideia de construir um muro ao longo da fronteira dos Estados Unidos com o México uma das principais promessas de campanha.