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Trump faz ultimato a republicanos para recusarem hoje Obamacare

O Presidente dos EUA fez um ultimato à bancada republicana na Câmara dos Representantes para votar hoje o novo plano de saúde nacional, que na quinta-feira não reuniu acordo entre os conservadores, levando ao adiamento da votação.

Se os últimos dias de Obama foram marcados por uma crescente tensão com Moscovo, os primeiros de Trump vieram confirmar o desejo de uma aproximação. Um dos primeiros telefonemas oficiais, no final de Janeiro, foi para o Kremlin. A conversa com Putin versou sobre o combate ao terrorismo. A proximidade tem suscitado polémica, que remonta ao período da campanha. O primeiro director, Paul Manafort, demitiu-se após a notícia de ligações a Moscovo. Os contactos com a Rússia provocaram a queda do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, e no domingo surgiram notícias que envolvem outras figuras próximas do Presidente. Na Europa, teme-se que Trump ponha fim, unilateralmente, às sanções decretadas após o apoio militar da Rússia aos rebeldes  na Ucrânia.
reuters
24 de Março de 2017 às 07:10
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Este foi o primeiro revés legislativo de Donald Trump desde a sua chegada à Casa Branca em Janeiro e no seio do seu próprio partido. O novo plano de saúde vai revogar e substituir a lei do anterior Presidente, Barack Obama, conhecida como Obamacare.

 

Após o adiamento da votação, Trump enviou Mick Mulvaney, director do Gabinete de Orçamento da Casa Branca, para advertir a bancada republicana na câmara baixa do Congresso dos Estados Unidos de que o Presidente está disposto a manter a lei de Obama caso não haja acordo.

 

"Amanhã [hoje] é hora de votar", afirmou também o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em declarações à Fox News.

 

"Esta é a oportunidade pela qual as pessoas têm esperado durante anos, para ver a revogação e a substituição do Obamacare", sublinhou o porta-voz.

 

De acordo com o The Hill, que cita fontes do Congresso, a Casa Branca aceitou tirar uma das principais reivindicações do Freedom Caucus, o grupo ultra-conservador de deputados que tem estado a obstaculizar o acordo sobre o plano de saúde.

 

A ala mais radical do partido exigia à Casa Branca que deixasse cair os chamados "benefícios essenciais" que, entre outras coisas, cobrem a assistência em urgências ou os cuidados relativos à maternidade. Trump reuniu-se na manhã de quinta-feira com o Freedom Caucus para tentar encontrar uma base de acordo.

 

"Vamos continuar a debater, porque não temos os 'sins' suficientes. Estamos a considerar a situação, houve progressos, mas precisamos que [para a Casa Branca] isto não seja apenas para cumprir uma promessa de campanha mas que baixe realmente o custo dos seguros para todos os norte-americanos", afirmou Mark Meadows, presidente do Freedom Caucus.

 

Após a suspensão da votação, o presidente da Câmara dos Representantes e um dos principais impulsionadores do diploma, o republicano Paul Ryan, cancelou por duas vezes a sua comparência diante dos meios de comunicação social para abordar o assunto.

 

Com os democratas unidos no objectivo de impedir a revogação do Obamacare, se pelo menos 22 republicanos votarem contra a proposta de lei, o diploma não conseguirá os 216 apoios de que precisa para ser aprovada.

 

Os ultra-conservadores ocupam cerca de três dezenas de assentos.

 

Acabar com o Obamacare foi uma das promessas da campanha presidencial de Trump.

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