A Comissão Europeia admitiu que Portugal poderá sair do procedimento dos défices excessivos (PDE) e que dará especial atenção às estatísticas oficiais de Abril. E os dados constantes na primeira notificação do INE, que incluem os valores provisórios da dívida pública e do défice, ao Eurostat, poderão dar mais indicações sobre a probabilidade de saída do PDE. Além desta notificação, o INE publica, também às 11:00, os dados detalhados da evolução das Contas Nacionais do quarto trimestre.

Depois da Mota-Engil ter revelado uma queda de 9% nas receitas em 2016, cresceram as expectativas dos investidores sobre as contas da construtora, também porque a cotada não divulgou os resultados trimestrais. As estimativas do CaixaBI, publicadas ontem após o fecho da sessão, apontam para que os lucros tenham ficado nos 86 milhões de euros, mais de quatro vezes acima dos lucros de 2015. Os resultados só vão ser anunciados pela Mota-Engil a 28 de Março, mas as acções podem reagir já hoje às estimativas do CaixaBI.  

As primeiras semanas de Donald Trump na Casa Branca foram sinónimo de ganhos para Wall Street. Mas a empatia dos investidores com o Presidente dos Estados Unidos já conheceu melhores dias, com o optimismo a dar agora espaço à desconfiança sobre a capacidade de Trump ter o apoio do Congresso para aprovar as medidas que prometeu na campanha. Este pessimismo cresceu dadas as dificuldades na aprovação da reforma ao Obamacare, com a votação prevista para onde a ter que ser adiada. A evolução das negociações da administração Trump com os republicanos será determinante para definir a tendência de Wall Street, que já está longe dos máximos.

Os dados económicos também são determinantes para a evolução das bolsas e hoje vão ser divulgados indicadores relevantes nos Estados Unidos: as encomendas de bens duradouros (que terão aumentado 1,2% em Fevereiro) e o índice compósito ISM, que mede a evolução dos serviços e da indústria (terá aumentado para 54,8).

Esta sexta-feira são vários os responsáveis da Reserva Federal que têm discursos agendados. É o caso de Charles Evans, da Fed de Chicago, de James Bullard, da Fed de St. Louis e ainda William Dudley, da Fed de Nova Iorque.