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Putin confirma expulsão de 755 diplomatas dos Estados Unidos

A saída dos funcionários diplomáticos norte-americanos está aprazada para dentro de um mês, depois de na semana passada o Congresso norte-americano ter aprovado uma lei que expande as sanções a Moscovo.

Vladimir Putin com Donald Trump, no primeiro encontro oficial entre os dois, no âmbito do G20 Reuters
30 de Julho de 2017 às 19:58
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O presidente russo confirmou, com efeitos a 1 de Setembro, a expulsão do território de 755 diplomatas americanos, depois da aprovação de novas sanções a Moscovo por parte dos Estados Unidos.


Numa entrevista este domingo, 30 de Julho, ao canal de televisão Rossiya 1, Vladimir Putin considerou – citado pelo The New York Times – que esgotou a paciência com os Estados Unidos no que diz respeito à expectativa de melhores relações com o país.


"Esperámos por muito tempo que talvez algo mudasse para melhor, tivemos essa esperança de que a situação mudasse de alguma forma mas, tendo tudo em conta, se houver mudança não será em breve. Decidi que é tempo de mostrarmos que não deixaremos nada por responder," afirmou Putin, citado pela agência noticiosa Interfax.

Em causa as sanções agravadas depois das primeiras conclusões das investigações apontarem para a tentativa, por parte de responsáveis russos, de condicionar o resultado das eleições presidenciais norte-americanas e ainda a contestada anexação da Crimeia por parte da Federação Russa em 2014.

"O lado americano tomou uma decisão - que, é importante notar, não foi provocada por ninguém -, para piorar as relações Rússia-Estados Unidos. [Ela inclui] restrições ilegais, tentativas de influenciar outros estados do mundo incluindo os nossos aliados que estão interessados em desenvolver e manter relações com a Rússia," concretizou Putin, citado pela estação de televisão Russia Today (RT).


As expulsões já tinham sido anunciadas na sexta-feira, mas esta foi a primeira vez que Vladimir Putin se lhes referiu abertamente, confirmando o número elevado de pessoal diplomático que terá de abandonar território russo dentro de um mês. Segundo a RT, com a medida pretende-se que o número de diplomatas norte-americanos em território russo seja semelhante ao de diplomatas russos nos EUA.

Aquela estação de televisão contabiliza em mais de 1.200 o número de funcionários norte-americanos em território russo, passando assim a ter um efectivo de 455 pessoas depois deste corte. A Reuters, citando uma fonte não identificada do departamento de Estado, estima em cerca de 1.100 o número de trabalhadores nas representações diplomáticas russas, incluindo trabalhadores com nacionalidades norte-americana e russa.

(Notícia actualizada às 20:37 com mais informação)

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