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EUA acusam Moscovo de impedir entrada de pessoal em edifício diplomático

É mais um episódio na degradação das relações diplomáticas entre EUA e Rússia, depois de o presidente Vladimir Putin ter anunciado a redução de pessoal diplomático norte-americano em resposta a mais sanções de Washington.

Em primeiro lugar surge o presidente russo Vladimir Putin, que “continua a provar que é um dos poucos homens no mundo poderoso o suficiente para fazer o que lhe apetece – e sair impune disso”, escreve a Forbes, fazendo referência ao conflito da Crimeia e aos ataques conduzidos contra o autoproclamado Estado Islâmico na Síria
Bloomberg
31 de Julho de 2017 às 18:55
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A embaixada norte-americana em Moscovo acusa as autoridades russas de impedirem o acesso de pessoal a um edifício alugado pela representação diplomática norte-americana no país, antecipando em várias horas o fim do prazo que tinha sido dado para a retirada de bens.

Depois de ontem o presidente russo Vladimir Putin ter anunciado que vai promover a saída de 755 pessoas ligadas aos serviços diplomáticos norte-americanos - em retaliação contra o agravamento de sanções -, a embaixada dos EUA afirma que foi dado até às 12:00 desta terça-feira (hora local) para que os serviços abandonassem uma propriedade situada a noroeste de Moscovo.

Contudo - sustentam fontes norte-americanas à Reuters -  as autoridades russas terão impedido, antes do fim do prazo, o acesso à "dacha" (ou casa de campo) localizada na margem do rio Moskva e que é usada para fins recreativos pelo pessoal da embaixada.

Um operador de câmara da Reuters TV testemunhou no local a existência de cinco veículos com matrícula diplomática, incluindo um camião, tendo-lhe sido dito que foi negada a entrada dos veículos na propriedade.

"Em linha com as instruções do governo russo, a missão dos EUA na Rússia deveria ter acesso à 'dacha' até à hora de almoço de dia 1 de Agosto [terça-feira]. (...) Não tivemos acesso durante todo o dia de hoje nem ontem," disse um porta-voz da embaixada, acrescentando que foram pedidas explicações às autoridades russas para o sucedido. 

Além desta casa de campo, foi também confiscado um armazém na região sul da capital russa.

O presidente russo confirmou, com efeitos a 1 de Setembro, a expulsão do território de 755 diplomatas americanos, depois da aprovação de novas sanções a Moscovo por parte dos Estados Unidos. Segundo a estação de televisão Russia Today, com a medida pretende-se que o número de diplomatas norte-americanos em território russo seja semelhante ao de diplomatas russos nos EUA.

"Esperámos por muito tempo que talvez algo mudasse para melhor, tivemos essa esperança de que a situação mudasse de alguma forma mas, tendo tudo em conta, se houver mudança não será em breve. Decidi que é tempo de mostrarmos que não deixaremos nada por responder," afirmou Putin este domingo na televisão, citado pela agência noticiosa Interfax.

Em causa as sanções votadas pelo Congresso, agravadas depois de as primeiras conclusões das investigações apontarem para a tentativa, por parte de responsáveis russos, de condicionar o resultado das eleições presidenciais norte-americanas. A que se junta a internacionalmente contestada anexação da Crimeia por parte da Federação Russa em 2014.

"O lado americano tomou uma decisão - que, é importante notar, não foi provocada por ninguém -, para piorar as relações Rússia-Estados Unidos. [Ela inclui] restrições ilegais, tentativas de influenciar outros estados do mundo incluindo os nossos aliados que estão interessados em desenvolver e manter relações com a Rússia," concretizou Putin, citado pela estação de televisão Russia Today (RT).
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